“Eu estou implorando pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo que as pessoas nos próximos dias cumpram esses compromissos mínimos, básicos de usar máscara e evitar aglomerações”, disse o governador Flávio Dino na entrevista coletiva desta sexta-feira, 12, em que mais uma vez recusou em lançar mão de lockdown para conter a expansão da Covid-19.
Envergando um colete do SUS à Mandetta, Flávio Dino frisou que tem buscado ‘ao máximo’ evitar o lockdown, mas admitiu que eventualmente na próxima semana São Luís tenha a situação vivenciada na região metropolitana do ano passado, no início da pandemia. A justificativa para a medida extrema seria a escalada de ocupação dos leitos hospitalares reservados a pacientes da Covid-19 na capital maranhense.
“Usem máscaras quando estiverem na rua, evitem aglomeração para que a rede hospitalar possa suportar. Vamos nos unir, esqueçam em quem vocês votaram ou vão votar. Esqueçam simpatias ou antipatias políticas”, asseverou o governador do Maranhão.
Ampliação de leitos e medidas preventivas foram apontadas pelo governador como estratégia para enfrentamento da expansão da Covid-19.Sobre a ampliação de leitos, o governador afirmou que a rede ganhou mais 72 leitos em São Luís esta semana e que na próxima semana serão mais 54 leitos. Tudo para evitar o colapso na rede pública de assistência médica para os infectados pelo novo coronavírus.
Flávio Dino voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro e aconselhou a população a não dar crédito a inverdades sobre a utilização de máscaras e subtimação da letalidade da doença. Dino confessou estar vivendo dias de angústia e noite sem sono. “Não imaginava que passaria essa situação aterrorizante, de ter de cuidar do limiar da vida e da morte de milhares de pessoas”, assinalou.