O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizará uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 25, na Arquidiocese de São Luís (Av. Pedro II – Centro), às 9h30, para apresentar os laudos técnicos de pesquisa realizada no distrito de Aurizona (Godofredo Viana), local onde se rompeu a barragem Pirocaua, da mineradora de ouro canadense Equinox Gold.
Os resultados desses laudos podem fortalecer as denúncias da população de estarem consumindo água contaminada por produtos tóxicos utilizados pela mineradora. A coletiva também será transmitida através do Facebook do Movimento, onde será possível ter acesso aos laudos técnicos produzidos por universidades públicas brasileiras.
A pesquisa foi realizada por 4 universidades públicas: Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Universidade de São Paulo – USP e Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. As instituições se dividiram entre frentes de trabalho, desde as coletas de água, solo e sedimentos da região de Aurizona, até as análises laboratoriais e produção de relatórios que trazem à tona a realidade vivida pela população do distrito de Aurizona.
“A situação da população de Aurizona não é fácil. São cerca de 1.500 famílias vivendo em situação de insegurança, utilizando uma água que visualmente está contaminada, provoca coceiras na pele e que, quando ingerida, ocasiona dores de barriga. É uma realidade que nenhum ser humano deveria estar vivendo. Os laudos servirão para embasar cientificamente as denúncias da população e fortalecer a luta popular na região contra os diversos crimes socioambientais cometidos pela mineradora de ouro Equinox Gold”, afirma a coordenadora regional do MAB no Piauí e Maranhão, Dalila Alves Calisto.
Para maior confiabilidade dos dados que serão apresentados, as amostras foram coletadas em dois momentos distintos, em setembro de 2021 e em fevereiro de 2022.
Serviço
Coletiva de Imprensa
25/03, às 9h30 horas
Arquidiocese Metropolitana de São Luís do Maranhão
Av. Pedro II, S/N – Centro, São Luís – MA