Um dos raros imóveis revestidos com azulejos policromados em alto revelo, o prédio onde funcionou a Pousada Colonial na rua Afonso Pena, no centro histórico de São Luís, está à venda. Nesta casa habitou o jornalista e escritor João Francisco Lisboa, autor do Jornal de Timon.
Com fachada coberta integralmente por azulejos nas cores azul, amarelo e branco, o prédio de número 112 da antiga rua Formosa está sendo vendido ao preço de R$ 1,5 milhão. Segundo pesquisa realizada pela Superintendência regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, os azulejos datam da segunda metade do século XIX. Provvelmente foram importados das fábricas Devezas ou Massarelos, da cidade do Porto, Portugal.
Com vão em pedra de lioz, balcões de ferro e piso esculpido também em pedra de cantaria, o prédio possui dois pavimentos e mirante. No pavimento térreo possui cinco portas para a rua.
No passado, no térreo do prédio funcionava um comércio, destino pensado pelo proprietário que dá preferência a venda.
Desde 1984 passou a funcionar no prédio a Pousada Colonial depois de passar por intervenções que abriu 23 apartamentos no segundo piso, seguindo projeto do arquiteto Édson Alvares dos Prazeres Souza. Antes no local funcionou uma marcenaria, ba década de 1920, e mais tarde uma loja de roupas, já nos anos 1970.
Sítio Piranhenga
Distante pouco mais de 8 km do centro da cidade, situado à margem direita do Rio Bacanga, o sítio Piranhenga guarda o passado de cantarias da cidade. No Piranhenga (que na linguagem tupi significa peixe que fala) está a segunda fachada de azulejos em alto relevo semelhante à Pousada Colonial: a capela de São Benedito. O local hoje é administrado pelo Centro Educacional e Profissionalizando do Maranhão, Cepromar, e aberto à visitação.
Reprodução da revista Caminhos do Maranhão, fundada por Gil Maranhão