A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (MDB) concorrerá em outubro a uma vaga na Câmara dos Deputados. A candidatura da filha do ex-presidente e ex-senador José Sarney (MDB) foi registrada junto à Justiça Eleitoral na última sexta-feira, 29, confirmando a estratégia do MDB maranhense de usar Roseana como uma “puxadora de votos” para tentar aumentar a bancada emedebista do estado na Câmara.
Ao pedir o registro, Roseana informou à Justiça um patrimônio de R$ 15,7 milhões. Ela é dona de R$ 6,6 milhjões em aplicações de renda fixa, 3 3 milhões de reais distribuídos em três casas (1,7 milhões de reais, 1 milhão de reais e 828.905, 3 milhões de reais em cotas e quinhões de capitais, 1,4 milhões de reais declarados como “sala ou conjunto” , entre outros bens de menor monta.
O patrimônio declarado pela emedebista à Justiça Eleitoral neste ano representa um avanço de 38% em relação aos 11,4 milhões de reais informados por ela quando disputou o Senado, sem sucesso, em 2018 e um aumento de 101% frente aos 7,8 milhões de reais em bens em 2010, ano em que se elegeu governadora do Maranhão. Em relação ao patrimônio declarado em sua derrotada candidatura ao governo estadual em 2006, de singelos 143.238 reais, o salto para 2022 foi de impressionantes 10.904%.
Em busca de uma cadeira na Câmara a partir de 2023, Roseana Sarney já ensaiou voos políticos bem mais altos enquanto a mais promissora herdeira política do clã Sarney. Em 2002, ela ombreava com o então futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas, até ter a pretensão presidencial abatida por uma operação da Polícia Federal que encontrou um senhor patrimônio oculto na Lunus, empresa dela e de seu marido, Jorge Murad: nada menos que 1,3 milhão de reais em dinheiro vivo.