Os jurados do 3º Tribunal do Júri de São Luís condenaram, a 25 anos de reclusão, Guilherme Carvalho Borges. Ele foi acusado de matar, mediante asfixia por estrangulamento, Maria Alzimar Ribeiro da Silva, na noite do dia 18 de agosto de 2019, nas proximidades da linha férrea, no bairro Pedrinhas. Maria Alzimar da Silva, tinha 42 anos, e era ex-companheira do réu.
Após o julgamento dessa terça-feira (09), Guilherme Borges, que foi condenado por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, asfixia e uso de recurso que impediu a defesa da vítima), foi levado de volta ao presídio, em São Luís, onde já estava preso desde o dia 27 de agosto de 2019. O juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, titular da 3ª Vara do Júri, negou ao réu o direito de recorrer, em liberdade, da decisão dos jurados.
A sessão de júri começou por volta das 9h, no Fórum Des. Sarney Costa, e só terminou às 17h. Na acusação atuou o promotor de Samaroni Sousa Maia e, na defesa, o defensor público Pablo Camarço de Oliveira.
Foram ouvidas cinco testemunhas, entre elas a irmã e um tio da vítima, e interrogado o réu, que negou a autoria do crime. Maria Alzimar conviveu com o acusado por aproximadamente 16 anos, era empregada doméstica, e tinha dois filhos com o réu. A sessão de julgamento foi acompanhada por familiares da vítima.
Na sentença, o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior afirma que a culpabilidade do réu “deve aumentar a pena pela exteriorização da vontade dele em cometer o crime, que não se conformava com o rompimento do relacionamento, tendo seguida a vítima até o posto de combustível, onde ela estava com outra pessoa.” O magistrado destacou o fato do réu não demonstrar arrependimento, “mas sim, demonstra frieza em seu comportamento durante e após a consumação do crime, pois, após a prática, acompanhou os populares até o local do crime, demonstrando desprezo pela vida da sua ex-companheira, com quem teve dois filhos.” O corpo de Maria Alzimar Ribeiro da Silva foi encontrado despido, com pernas e braços amarrados, amordaçado e com o pescoço quebrado no dia 19 de agosto de 2019.
Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 18 de agosto de 2019, Maria Alzimar Silva estava em uma loja de conveniência, situada em um posto de combustível da BR-135, no bairro Pedrinhas, na companhia de Domingos Silva. Ao sair da loja de conveniência, Maria Alzimar da Silva observou a aproximação do réu, pediu para Domingos Silva sair dali e tentou se esconder do acusado atrás de uma mureta. O réu encontrou Maria Alzimar e começou a brigar com ela, após dez minutos de discussão, o acusado saiu junto com a vítima.