Sobre os trabalhos da comissão externa criada no Senado para apurar a crise humanitária e sanitária na Terra Indígena Yanomami, a senadora Eliziane Gama (PSD) , considera um atropelo das ações fazer uma diligência semum plano de trabalho estabelecido. “Estamos tratando de uma questão seríssima do país, por isso, precisamos colocar ordem nas coisas. Lamento que as decisões desta comissão externa já iniciem com obscuridade”, declarou em rede social a senadora maranhense.
O requerimento de criação da Comissão Temporária Externa do Senado tem autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos), e dos dois senadores de Roraima; Chico Rodrigues (PSB), notabilizado por ser pego com R$ 33 mil na cueca, e Dr. Hiran (PP). Os três senadores são favoráveis ao garimpo nas terras indígenas dos Yanomami.
Além de Eliziane a comissão tem participação do senador Humberto Costa (PT-PE). Também fazem parte da comissão os deputados federais Duda Ramos, Zé Haroldo Cathedral e Albuquerque.
Eliziane afirma que oficializou pedido ao presidente do colegiado para que ele reconsiderasse a decisão de visitar in loco o garimpo a partir de sexta-feira, dia 17 de fevereiro.
Um dia antes da manifestação de insatisfação, a senadora declarou convicção de que a comissão iria chegar aos responsáveis pela tragédia que feriu de morte os Yanomami. “Vamos apontar culpados e sugerir políticas públicas eficazes. Uma tragédia como essa não pode se repetir mais. Os povos originários precisam ser protegidos da gana por dinheiro e poder”, defendeu.
A Comissão Temporária Externa contará com o auxílio de integrantes dos Ministérios da Defesa, Justiça, Direitos Humanos e da Procuradoria-Geral da República. Helicópteros das Forças Armadas deverão conduzir os parlamentares até os garimpos e as aldeias indígenas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.