Dados do estudo “Pobreza Multidimensional na Infância e na Adolescência no Brasil” feito pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância, Unicef, levantados entre 2016 e 2022, confirmam que o Maranhão tem as maiores percentagens de meninas e meninos vivendo abaixo da linha da pobreza. Confira o estudo completo AQUI.
O percentual no Maranhão é de 69%. Atualmente está definida por uma renda mínima R$ 541. No Brasil, 31 milhões de crianças e adolescentes brasileiros têm privação de direitos. O número representa 60,3% desta população.
É uma questão que vai muito além da privação de renda. Tem a ver também com acesso a direitos básicos, como educação, saneamento, água, alimentação, proteção contra o trabalho infantil, moradia e informação. Na maioria das vezes, essas privações se sobrepõem, agravando os desafios enfrentados por cada menina e menino.
São considerados direitos fundamentais da criança e do adolescentes nas dimensões de educação, saneamento, água, alimentação, informação e renda. Neste último, o Ceará ocupa lugar de destaque no ranking brasileiro. O estudo quis exatamente identificar a intensidade com que cada privação afeta cada indivíduo: se intermediária (quando há acesso ao direito de forma limitada ou com má quialidade) ou extrema (sem nenhum acesso ao direito).
Os 13 estados com a maiores porcentagens de privação extrema do direito à renda são do Norte e do Nordeste. Enquanto no Maranhão 22,45% dos jovens até 17 anos vivem em casa nesta condição, em Santa Catarina é 1,91%.
Os dados utilizados no estudo são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). A Pnad Contínua de 2019 apontava que 93,9% das crianças e adolescentes no Maranhão tinham alguma privação.