O Ministério Público tem agora um diagnostico sobre o serviço do transporte público no polo Cidade Operária, a partir dos relatos apresentados durante audiência pública promovida na terça-feira, 14 de maio, no Centro de Ensino Maria José Aragão, pela 6ª Promotoria Distrital da Cidadania do polo.
Insuficiência de linhas e ônibus destinados a atender moradores da Cidade Operária; paradas sem abrigos; assaltos no interior dos ônibus e paradas; câmaras internas desativadas; casos de assédio sexual no interior dos veículos; obstrução dos corredores utilizados pelos coletivos por vendedores ambulantes, foram alguns dos problemas apontados durante a audiência.
O promotor Joaquim Ribeiro de Souza Júnior conduziu os trabalhos com participação de moradores e presidentes de associação de moradores da região.
Líder comunitário desde a formação do bairro na década de 80, Pedro Câmara lembrou que houve tempo em que o bairro era atendido até por 22 ônibus circulando nas duas linhas existentes. “Com mais de 12 mil unidades habitacionais, o conjunto Cidade Operária não tem prioridade no planejamento da Secretaria Municipal de Trânsito eTransporte da Prefeitura de São Luís”, questiona Pedro Câmara. Segundo o líder comunitários, os ônibus que circulam atualmente no bairro não obedecem horário e nem roteiro.
Os moradores relataram que a espera na parada de ônibus varia entre 40 minutos e uma hora e que as condições dos veículos em sua maioria é deplorável. “Já tive que usar sombrinha dentro do coletivo em um dia de chuva, pois estava molhando dentro”, contou a moradora Silvoneide Gomes.
Moradores de outros bairros do polo como Vila Nestor, Cidade Olímpica, Conjunto residencial São Luís, Vila Kiola, reclamam da quantidade de ônibus colocados tanto pela SMTT da prefeitura como pela MOB (Agência de Mobilidade Urbana) do Governo do Estado. Eles reclamam que por diversas vezes tentaram manter contato com os gestores, mas não foram recebidos.