Embora tenha deixado de fora do “tarifaço” uma extensa lista de produtos, como suco de laranja, castanhas-do-pará, fertilizantes e combustíveis, o presidente norte-americano, Donald Trump, manteve a imposição da taxa de 50% a alguns dos principais setores exportadores do Brasil, como os de carne bovina e de café.
A medida foi oficializada pelo governo norte-americano nesta quarta-feira (30), mas só deve entrar em vigor daqui a uma semana, no dia 6 de agosto.
De acordo com o decreto, serão impactados, também, os mercados de frutas e de maquinário agrícola e industrial.
Argumento
A Casa Branca aplicou o “tarifaço” contra o Brasil alegando que o País adota medidas que representam “ameaça à segurança nacional, à economia e à política externa dos Estados Unidos”. A ordem executiva assinada por Trump critica, ainda, a forma como o governo brasileiro lida com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, com práticas que violariam direitos humanos e enfraqueceriam a democracia.
O documento também cita diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado é acusado pelos EUA de fazer uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro e obrigar empresas americanas a censurar discursos políticos.