• Home
    • Política
    • Cultura
    • Maranhão
    • Esporte
    • Educação
  • Login
  • Política
  • Cultura
  • Brasil
  • Maranhão
  • Saúde
  • Educação
  • Economia
  • Setup menu at Appearance » Menus and assign menu to Main Navigation
No Result
View All Result
Home Policial

Opinião do Estadão – Rio é refém do crime e da inépcia

Ao validar uma operação policial desarticulada e sangrenta, Cláudio Castro reafirma o fracasso de um modelo de segurança pública que há décadas transforma o Rio em praça de guerra.

jornalslz Por jornalslz
30/10/2025
Opinião do Estadão – Rio é refém do crime e da inépcia

Exatos 32 anos e 2 meses depois da chacina de Vigário Geral, o País voltou a se chocar com a imagem dantesca de dezenas de corpos enfileirados no meio da rua no Complexo da Penha, conjunto de favelas na zona norte do Rio de Janeiro. Levados até o local pela própria população, os cadáveres são de uma parcela dos mais de cem mortos durante uma operação policial deflagrada para cumprir mandados contra integrantes do Comando Vermelho (CV) – a mais letal da história do Estado. Esse arco temporal, materializado por registros fotográficos tristemente semelhantes, resume o absoluto fracasso de um modelo de segurança pública baseado quase exclusivamente no confronto aberto entre policiais e criminosos.

Não há dúvida de que as polícias, como forças do Estado detentor do monopólio da violência, têm o dever de enfrentar o crime, inclusive com emprego de força letal quando indispensável. Tampouco há controvérsia quanto à necessidade de se cumprir ordens judiciais. O busílis é que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), não tem um projeto de segurança pública – ele apenas repete, com trágicos resultados, a velha fórmula das incursões episódicas. Basta examinar o saldo da operação de anteontem: mais de uma centena de mortos, entre os quais quatro policiais; dezenas de feridos; a população do Rio, literalmente, paralisada pelo pânico; economia fechada; vias bloqueadas por criminosos; e, para coroar a inépcia, o principal alvo da operação, Edgard Alves de Andrade, vulgo “Doca”, foragido. Considerar isso um sucesso é uma afronta à razão.

A falta de coordenação foi gritante. A prefeitura do Rio nem sequer foi informada de que uma ação policial daquela magnitude seria deflagrada. O caos que se seguiu expôs a irresponsabilidade do governo estadual. À luz dos fatos, é inegável que a operação foi mais do que um fracasso: foi a reafirmação de que o governo do Rio não controla o próprio território do Estado e, é forçoso dizer, nem as forças de segurança sob seu comando, que deveriam se pautar pela legalidade em suas intervenções. São inúmeros os indícios que sugerem que houve execuções sumárias de suspeitos.

Em entrevista coletiva, o sr. Castro afirmou ter “muita tranquilidade” para elogiar o resultado da operação, garantindo, sem qualquer comprovação, que, “de vítima ontem (dia 28 passado), só tivemos esses policiais”. A declaração, além de leviana, ofende a inteligência da sociedade. É inaceitável que o chefe do Executivo fluminense valide, sem perícia e sem identificação das vítimas, uma operação que produziu dezenas de mortos em circunstâncias ainda obscuras. A polícia, em vez de preservar as cenas dos supostos confrontos, permitiu o desaparecimento de provas fundamentais para a elucidação dos fatos. Isso não é prática de Estado decente, comprometido com o império da lei.

O que se viu é um Rio refém não apenas do crime organizado, como também de um governo incompetente, incapaz de conceber uma única ideia nova para enfrentar o mais velho – e grave – problema do Estado. Castro, sabe Deus por quais razões, dobrou a aposta em uma política de segurança comprovadamente fracassada há pelo menos três décadas, sustentada que está em incursões policiais que produzem cadáveres aos borbotões, inclusive de policiais, sem que isso traga paz duradoura para os cidadãos fluminenses. Operações policiais pontuais servem ao cumprimento de mandados ou ao combate a criminosos em flagrante delito. A retomada de territórios dominados pelo crime organizado, isso, sim, urgente e necessário, exige inteligência, estratégia, cooperação e espírito público. O atual governo do Rio não demonstra possuir nenhum desses atributos.

Há caminhos alternativos que podem ser bem-sucedidos. A Operação Carbono Oculto, que atingiu as finanças do PCC em São Paulo, é exemplo de como o Estado pode enfraquecer o crime organizado com inteligência e articulação institucional entre entes federativos. O governador, porém, preferiu explorar politicamente a barbárie, atribuindo ao governo federal responsabilidades que, à luz da Constituição, são dele. A divergência entre Castro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode até atender a seus interesses eleitorais. Mas quem precisa ser atendida é a população aterrorizada que esse senhor supostamente governa.

Tags: #chacina#claudiocastro#estadao#riodejaneiro#violencia
Next Post
Operação Falseta combate circulação de moeda falsa no Maranhão

Operação Falseta combate circulação de moeda falsa no Maranhão

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

Arquivos

Arquivos

Categorias

  • Política
  • Maranhão

© 2021 a 2022 - Jornalslz | Desenvolvido: Host Dominus.

No Result
View All Result
  • Home
    • Política
    • Cultura
    • Maranhão
    • Esporte
    • Educação
  • Login
  • Política
  • Cultura
  • Brasil
  • Maranhão
  • Saúde
  • Educação
  • Economia

© 2021 a 2022 - Jornalslz | Desenvolvido: Host Dominus.