Um dos policiais militares piauienses presos por suspeita de fraudar o concurso da corporação em 2014 conseguiu na justiça decisão para iniciar o curso de formação da Polícia Militar do Maranhão. O caso ocorreu um mês após a operação que cumpriu mandados de busca e apreensão e resultou na prisão temporária de sete policiais militares, todos atualmente respondendo ao processo em liberdade.
Gitã Duarte Ferro, um dos policiais militares suspeitos de fraudar o concurso da PM do Piauí, foi aprovado e convocado para o curso de formação da Polícia Militar do Maranhão. Ele conseguiu na Justiça uma decisão favorável para participar do treinamento que vai formar novos PMs do Maranhão.
A decisão previa que Gitã se apresentasse no dia 9 de setembro no Centro de Formação de Praças, no Maranhão.
A decisão que beneficiou Gitã tramita paralela à investigação na qual ele é suspeito de compor um grupo de policiais que fraudou o certame público para ingressar na corporação.
O caso no qual Gitã é suspeito é investigado pela Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR) que prevê a conclusão do inquérito para os próximos 15 dias.
De acordo com a Polícia Civil, iInformações relevantes foram extraídas de celulares e computadores dos suspeitos apreendidos na operação. As provas serão anexadas ao inquérito, que deverá comprovar o envolvimento dos suspeitos com o crimes.
Os envolvidos deverão ser indiciados e responderão pelos crimes de furto, organização criminosa e fraude a concurso público.
A TV Cidade Verde entrou em contato com a Polícia Militar do Maranhão, para verificar sobre a situação de Gitã na corporação, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.
A Polícia Militar do Piauí informou que os PMs suspeitos presos na Operação Fraudulenti são investigados pela Polícia Civil, estão respondendo em liberdade e não foram afastados da polícia.
O caso
A investigação que resultou na prisão temporária dos policias militares iniciou em 2014. Na época foi descoberto que os suspeitos teriam feito a mesma pontuação na prova e todos eram próximos, alguns, inclusive, familiares.
Os investigados moravam na região do bairro Renascença, zona Sudeste. O único preso na operação que não é atualmente policial militar foi identificado como Antônio Yuri Rodrigues da Cruz Neto. Segundo a polícia, ele era funcionário da gráfica onde as provas foram impressas.