Em transmissão ao vivo pelas redes sociais na noite de quinta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou governadores do Nordeste de assumirem autoria do programa federal da renda emergencial, que distribui parcelas de R$ 600 por três meses a trabalhadores informais e outras categorias prejudicadas pela pandemia.
Segundo o presidente, dois gestores estaduais teriam se apropriado da paternidade da ação, aprovada pelo Congresso há duas semanas.
Bolsonaro, entretanto, evitou citar nomes, dizendo que sequer sabia se de fato os governadores tinham ciência da fraude.
Mais cedo nesta sexta, o perfil oficial da Secretaria de Comunicação do Governo Federal lançou uma campanha sobre a renda básica com críticas aos chefes de Executivo.
A peça afirma: “O auxílio emergencial de R$ 600 por pessoa não é de prefeituras nem governos estaduais. O auxílio emergencial é fornecido pelo Governo Federal, para a população, graças aos impostos pagos pela própria população”.
A proposta defendida pelo Planalto, entretanto, era de apenas R$ 200, com previsão de pagamento a partir de 16 de abril.
O valor chegou a R$ 500 após pressão de deputados da oposição e do centro, liderados pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM). O Governo, então, ampliou a proposta em mais cem reais.