Cães no Piauí vão receber coleiras repelentes para o combate do mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, doença conhecida popularmente como calazar. Os acessórios serão enviados pelo Ministério da Saúde e entregue à Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) que deve começar a distribuir aos municípios em maio.
Na primeira fase, as coleiras serão entregues nas cidades de Teresina, Antônio Almeida, Barras, Avelino Lopes, Pavussu, Lagoa do Piauí, São Pedro do Piauí, Bom Jesus, Curimatá e Morro Cabeça no Tempo. No momento, o centro de zoonoses de cada cidade faz o levantamento sobre a quantidade de cães.
“O Ministério adquiriu mais de um milhão de coleiras, que serão entregues em todos o país, hoje estamos no Piauí, para fazer este levantamento e no mês de maio iniciaremos a entrega”, explica o consultor do Ministério da Saúde, Lucas Edel.
O Bicharada apurou com a Sesapi que as coleiras serão colocadas em animais que têm tutores, bem como em cães que vivem nas ruas.
Leishmaniose
Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita. Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito-palha e essa condição é considerada majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas regiões do Brasil.
O uso da coleira repelente é a principal forma de evitar a proliferação, uma vez que mantém os animais sadios livres de uma eventual picada contaminada do inseto e os animais doentes, com a coleira, deixam de ser alvo do mosquito-palha, interrompendo a cadeia de transmissão.
O calazar não tem uma cura definitiva, mas pode ser tratado durante toda a vida do cão para aumentar sua longevidade.