O líder do PP na Câmara dos Deputados, André Fufuca (MA), e o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram anunciados como ministros do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente. Eles se reuniram no fim da tarde desta quarta-feira (6/9) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada. Os nomes foram confirmados no início da noite pelo Planalto.
Num acerto visando a governabilidade, os novos ministros assumem as pastas no lugar de Ana Moser e Márcio França. França deve continuar ministro, mas em outra pasta ainda a ser criada, que será chamada Ministério das Micro e Pequenas Empresas.
De acordo com a assessoria de comunicação do governo, a nomeação e a posse dos novos ministros serão realizadas no retorno do presidente Lula da reunião do G20, ou seja, na próxima semana.
O anúncio dos novos ministros ocorre após pressão do grupo político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para acomodar o Centrão em mais pastas do primeiro escalão do governo. A primeira substituição para esse fim ocorreu em julho, com a nomeação de Celso Sabino para a pasta do Turismo.
Longa novela se desenrolou desde então, com representantes dos partidos PP e Republicanos e a equipe de Lula debatendo a divisão de espaços no governo federal como forma de solidificar a base de Lula no Congresso.
Perfis dos novos ministros
Fufuca é médico e ingressou na vida pública aos 21 anos, quando foi eleito o deputado estadual mais novo do Brasil, pelo Maranhão. Ele entrou na política por influência do pai, Francisco Dantas Ribeiro Filho, o Fufuca Dantas, atual prefeito de Alto Alegre do Pindaré (MA), de quem herdou o apelido.
Sílvio Serafim Costa Filho tem 41 anos e é nascido no Recife, em Pernambuco. O parlamentar é filho do ex-deputado federal Sílvio Costa, e entrou na política como o vereador mais jovem da história da cidade.
Ele foi eleito deputado estadual três vezes e cumpre o segundo mandato como deputado federal. Também foi relator da proposta que concedeu autonomia ao Banco Central.
O nome dos parlamentares está pacificado no governo desde o início de agosto. No entanto, o presidente Lula segurou as nomeações na tentativa de ganhar tempo para não se indispor com aliados, além de garantir que as trocas vão mesmo se traduzir em votos no Congresso Nacional.
A movimentação ocorre para conquistar mais apoio às pautas econômicas do governo no Congresso. A demora para anunciar as pastas designadas aos novos ministros, no entanto, gerou incômodo entre os líderes da Câmara.