O ator José Dumont, 72, foi preso nesta quinta-feira (15) no Rio de Janeiro sob suspeita de armazenar imagens de sexo envolvendo crianças, crime previsto no artigo 241-B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A prisão foi em flagrante. Dumont já era alvo de investigação em inquérito na Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima), pelo crime de estupro de vulnerável. Ele foi preso no apartamento onde morava no Flamengo.
Segundo a polícia, um advogado o acompanhou durante todo o procedimento na delegacia —a reportagem não conseguiu localizá-lo.
De acordo com a Polícia Civil, ele teria usado do prestígio de ser ator para atrair um adolescente, de 12 anos, que seria seu fã.
“A suspeição de pedofilia é grave. Nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa, ainda que ocorra na vida pessoal dos contratados e de terceiros que com ela tenham qualquer relação”, afirmou a emissora, em nota.
“Ele desenvolveu um relacionamento próximo oferecendo ajuda financeira e presentes, valendo-se da vulnerabilidade financeira da vítima, para a partir daí fazer investidas com beijos na boca e carícias íntimas que acabaram sendo captadas por câmeras de vigilância, dando início às investigações”, disse o delegado Marcello Maia, titular da Dcav, em nota.
Devido a essa investigação, foi efetuado o registro de ocorrência que acarretou no mandado de busca e apreensão na casa do ator.
Durante as buscas foram encontradas tanto no computador pessoal quanto no celular do ator imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças, o que resultou na prisão dele em flagrante. Ele foi levado para a sede da Dcav, no centro do Rio.
O ator nasceu em Bananeiras, na Paraíba. Entre os trabalho, atuou em “Abril Despedaçado” (2001), de Walter Salles; “Lúcio Flávio – o Passageiro da Agonia” (1977), de Hector Babenco e “Gaijin – os Caminhos da Liberdade” (1980), de Tizuka Yamasaki.
Com “O Homem que Virou Suco” (1981), de João Batista de Andrade, recebeu o prêmio de melhor ator nos festivais de Gramado e Brasília. No Festival de Havana de 1985, foi o melhor ator por três filmes: “O Baiano Fantasma”, “Avaeté”, e “Tigipió”.