Na era dos grandes festivais de música dos anos 1970, cartas eram enviadas ao jovem artista latino-americano nascido no interior do Ceará, Belchior. Amigos, familiares e fãs compartilhavam, por meio dessas correspondências, memórias de uma trajetória que permanece viva – especialmente agora, quando se completam oito anos de seu falecimento, dia 30 de abril.
O livro “Cartas para Belchior”, organizado pelo professor e editor Nonato Nogueira, reúne 48 cartas escritas por pessoas de diferentes gerações – há autores de 30, 40, 60 e 70 anos – que relatam momentos marcantes da carreira de Belchior.
Com 112 páginas e selo da editora Revista Sarau, a antologia foi lançada em diversos espaços culturais marcando presença na Bienal do Livro, Teatro Chico Anysio e Centro Cultural Belchior na semana passada. O relançamento está marcado para 10 de maio, às 16 horas, no Belch Bar.
O volume conta ainda com o prefácio escrito pelo cantor e compositor cearense Calé Alencar e pelo professor e ex-diretor da rádio universitária Nonato Lima, além de um prólogo da pesquisadora Josely Teixeira Carlos.
Segundo Nonato Nogueira em uma das cartas comentam-se sobre a consagração de Belchior com o disco “Alucinação“, obra-prima que, em 2026, celebrará 50 anos de lançamento. O autor também avalia a importância de resgatar a escrita das cartas principalmente para o público mais jovem: “Estamos tentando resgatar no livro essas memórias através de cartas. São várias gerações que vão colocar nas cartas o seu ponto de vista sobre o Belchior e a sua obra”, explica.
Mais informações: @belchbar