Depois que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou que as imagens internas do Ministério foram apagadas, congressistas da CPMI do 8 de Janeiro estão se organizando para convocar auxiliares do ministro. Diante da falta de força política para convocar Dino pessoalmente, eles direcionam seus esforços para os funcionários do Ministério.
Ainda querendo fazer colar a tese de que o governo Lula (PT) sabia que bolsonaristas atacariam as sedes dos Três Poderes, a oposição mira nos comandantes da Força Nacional —acusados de negligência.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados Delegado Ramagem (PL-), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Pastor Marco Feliciano apresentaram requerimentos para convocar as seguintes testemunhas:
- Mauro André Kaiser Cabral, chefe de gabinete da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública e;
- Sandro Augusto Sales Queiroz, então Comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública.
Ontem, congressistas disseram que Dino “destruiu as imagens do 8 de Janeiro para preservar Lula”. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), GDias, foi indagado por diversas vezes sobre as imagens, mas não respondeu, obviamente. O deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS) disse que a CPMI deveria pedir a prisão de Flávio Dino pela “destruição de provas”.
Na última quarta-feira (30), Dino afirmou que a pasta buscava mais imagens. “[Ricardo] Cappelli está há pelo menos uma semana tentando de alguma forma recuperar o máximo possível de imagens. Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não vão aparecer disco voador, não [vai] aparecer infiltrados. Esses que ficam falando de ‘omissão’ são amigos dos terroristas”, disse.