Sete das dez melhores universidades da América Latina são brasileiras, segundo ranking da revista britânica Times Higher Education (THE), referência mundial na análise de educação superior. As três faculdades nacionais mais bem colocadas estão em São Paulo. Na lista divulgada ontem, entre 197 instituições, 72 (36,5%) são do Brasil.
Embora o País desponte entre as mais bem qualificadas, a Pontifícia Universidade Católica do Chile ganhou a liderança e encabeça a lista pelo quarto ano consecutivo. Para classificá-las, a revista leva em conta cinco aspectos: ensino, pesquisa, citações, impacto internacional e receita da indústria (transferência de conhecimento).
A Universidade de São Paulo (USP) se manteve na segunda posição do ranking e como a melhor entre as brasileiras. A Universidade de Campinas (Unicamp) também continuou na terceira colocação.
A Federal de Santa Catarina (UFSC) entrou para o Top 10, subiu cinco posições e emplacou no 6.º lugar. Já a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) saiu da 9.ª para a 4.ª colocação. Figuram no topo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 8.º, a Federal de Minas Gerais (UFMG), em 9.º, e a PUC-Rio, em 10.º.
“O Brasil tem a maior média de pontuação de todos os países, com 51,3 de 100 possíveis, crescimento em relação aos 48,9 do ano passado, baseado em países com dez ou mais universidades ranqueadas neste ano e no ano passado”, detalhou a THE em publicação em seu site ontem.
Outros países que também se destacaram foram Chile (30), Colômbia (29) e México (26).
INVESTIMENTO. Conforme noticiou o Estadão nesta semana, a USP planeja investir R$ 2 bilhões nos próximos anos. O dinheiro será destinado a retomada de obras paralisadas, como a do Parque dos Museus, a construção de um distrito tecnológico no câmpus do Butantã e a adoção de tecnologias sustentáveis.
A partir de outra fonte de recursos, a universidade pretende ampliar seu quadro de profissionais com a contratação de 876 professores e 400 servidores técnico-administrativos até 2025.
Segundo a reitoria, as novas despesas não comprometem o equilíbrio das contas para o futuro. A principal fonte de receita da instituição é uma cota fixa (5,02%) da arrecadação estadual do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Após oito anos em crise financeira, a USP teve superávit de R$ 1,78 bilhão em 2021, resultado impulsionado pela inflação.