Pelo menos 15 membros da Academia Maranhense de Letras tem em janeiro uma data relevante de sua trajetória, sendo que nove deles nasceram no primeiro mês de ano e o restante faleceu no mês que faz honenagem a Jano, deus do começo na mitologia romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para a frente, o futuro.
Em 2024 se comemora os 140 anos de Viriato Correa, escritor maranhense nascido em Pirapemas. Ingressou na política em 1911, onde foi eleito deputado estadual no Maranhão e pelo mesmo estado foi deputado federal em 1927 e 1930. Acabou afastando-se da política em 1930 ao ser preso pela Revolução de 1930 e seguiu para a literatura, onde escreveu romances, peças teatrais, livros para crianças e crônicas históricas.
Viriato Correia foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo o terceiro ocupante da cadeira 32.[3] Foi eleito em 14 de julho de 1938, na sucessão de Ramiz Galvão, tendo sido recebido por Múcio Leão em 29 de outubro de 1938. Na Academia Maranhense de Letras é fundador da Cadeira Nº 33, ocupado a partir de 21 de dezembro de 1967 por Carlos Cunha. O patrono da Cadeira é Pedro Nunes Leal (22.08.1823 – 0709.1901).
Autor do clássico Cazuza, de 1938, ede outros títulos como História do Brasil para Crianças, Histórias da História do Brasil.
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Academia
A AML oficialmente foi instituída em 10 de agosto de 1908 a partir da coincidência da data demonstrou adotar a figura de Gonçalves Dias como nome tutelar. Fundada no salão de leitura da Biblioteca Pública do Estado, inicialmente era constituída por 20 nomes. Antes da sede própria as reuniões aconteciam na Assembleia Legislativa do Estado, Grêmio Lítero Recreativo Português e Asssociação Comercial do Maranhão, entre outras entidades. Foi o governador Sebastião Arches da Silva quem doou o prédio da sede da AML pela Lei. nº 320, de 3 de fevereiro de 1949.
O grupo dos 12 fundadores era formado por Antônio Loo, Alfredo de Asis, Adolfo Marques, Barbosa de Godois, Corrêa de Araújo, Clodoaldo de Freitar, Domingos Barbosa, Fran Paxeco, Godofredo Viana, Inácio Xavier de Caravalho, Ribeiro do Amaral e Vieira da Silva. Os oitos membros restantes foram admitidos mediante eleição. A sessão inaugural da Academia deu-se a 7 de setembro de 1908, iniciando assim suas atividades.
O primeiro presidente da Agremiação foi o professor e historiógrafo Ribeiro do Amaral, o decano entre os confrades. Com o trágico desaparecimento de Antônio Lobo a 24 de junho de 1916, a Academia sofreu um freio, permanecendo em estado de apatia até a década de 40. A modificação do estatuto da Casa de Antônio Lobo em 1934 fixou o número de titutares em 25 membros. Já a de 1946 elevou o quadro para 40 cadeiras, limitando a 60 o número de membros correspondentes, quadro honorífico que foi fixado pela mudança estaturária de 1957 em 30 cadeiras..
Entre os acadêmicos sempre se contou com paerticipação de deputados estaduais, federais, senadores, governadores, prefeitos e outros titulares de cargos e funções públicas de relevo. A medalha do colar usado pelos acadÊmicos em sessões solenes foi adotada em 3 de abriol de 1948, com o senhoho do sinete e “ex-libris”.
Por meio da Academia foi criado a Faculdade de Filosofia de São Luís que derivaria nos cursos de Letras, Filosofia e História da Universidade Federal do Maranhão. Parte dos professores saíram dos quadros dos imortais da AML. O professor Luiz de Moraes Rego foi o presidente mais longevo da instituição, permanecendo de 1966 a 1983.
O governador João Castelo Ribeiro Gonçalves enviou mensagem à Assembleia Legislativa que resultou na lei. nº 4;350, dd 31 de outubro de 1981, determando o pagamento de dez salários mínimo a título de subvenção.
Calendário de janeiro na linha do tempo dos imortais
Alfredo de Assis Castro (*14.01.1881 – 29.09.1977) Caderia Nº 7
Henrique Costa Fernandes (18.11.1891 – +07.01.1965) Cadeira Nº 10
Odylon da Silva Soares (*01.01.1902– 08.07.1958) Cadeira Nº 14
Manuel Odorico Mendes (*24.01.1799 – 17.08.1864). Cadeira Nº 15
João Mata Roma (*23.01.1854 – 20.09.159) Caderia Nº 17
Manuel Alexandre de Santana Sobrinho (*04.01.1897 – 22.11. 1957) Cadeira nº 19
Trajano Galvão de Carvalho (*19.01.1830 – 14.07.1864) Cadeira Nº 20
Graça Aranha (20.07.1868 – +26.01.1931) Caderia Nº 23
Manuel Álvaro de Sousa Sá Viana (14.08.1860 – +07.01.1923) Cadeira Nº 25
Francisco Dias Carneiro (.23.11.1837 – +17.01.1896) Cadeira Nº 27
Raimundo Teixeira Mendes (*05.01.1855 – 2806. 1927) Cadeira Nº 30
Felix Vicente Aires (*14.01.1904 – 16.11.1979) Cadeira Nº 32
Manuel Viriato Correa Baima do Lago Filho (*23.01.1884 – 10.04. 1967) Cadeira Nº 33
Augusto Olímpio Gomes de Castro (07,11,1836 – +31.01.1909) Cadeira Nº 39
Pedro Neiva de Santana (27.09. 1907 –+19.01. 1984) ) Cadeira Nº 39