Os novos presidentes do Senado e da Câmara Federal vão gerir orçamentos que juntos tem receita maior que 99% dos municípios brasileiros. Juntos o orçamentos das duas casas alcança R$ 11,1 bilhões de acordo com a Lei Orçamentária Anual, LOA, de 2021 que ainda deve ser aprovada pelo Congresso.
Apenas São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) tiveram mais dinheiro para gastar em 2019 que as duas casas legislativas.
O levantamento foi feito com base em dados do Tesouro Nacional. Já os dados dos municípios brasileiros são relativos ao ano de 2019, já corrigidos pela inflação.
Em 2021, a Câmara deve ter orçamento de R$ 6, 4 bilhões, o dobro do orçamento da cidade de São Luís, com mais de 1,1 milhão de habitantes. No ano passado, apenas nove das 5570 cidades brasileiras tiveram orçamento superior.
O Senado tem orçamento menor: R$ 4,7 bilhões. Tomando este valor como baliza, apenas 13 municípios do país tiveram cifra igual ou superior para bancar despesas e fazer investimentos.
Parte desses recursos vai para a folha de pagamento. No Senado a despesa com pessoal é de R$ 3,8 bilhões. Na Câmara, o valor é maior: R$ 5,8 bilhões.
