Vinte e nove caminhoneiros brasileiros estão retidos em território venezuelano desde que a fronteira com o Brasil em Pacaraima, Roraima, foi fechada pelo governo de Nicolás Maduro, na última quinta-feira (21).
Os motoristas descarregaram açúcar, arroz, trigo, óleo, margarina e produtos de limpeza em municípios venezuelanos no início da última semana. Com o fechamento da fronteira, eles não conseguiram mais voltar.
Os caminhões pertencem a três empresas brasileiras, que tentavam negociar com a Guarda Nacional Bolivariana a liberação dos trabalhadores.
Segundo Walnei Vieira, encarregado de transportes de uma das empresas, os caminhoneiros estão sem comida e, para se alimentar, precisam atravessar todas as noites a fronteira para o lado brasileiro por trilhas no meio da vegetação.
De acordo com o encarregado, 21 caminhões e seus motoristas estão a cerca de um quilômetro da fronteira com o Brasil, estacionados em um pátio e monitorados por militares venezuelanos.
Outros oito veículos estão retidos na cidade de Santa Elena, a cerca de dez quilômetros da fronteira.
Na manhã de domingo (24), representantes das três empresas foram pessoalmente até o lado venezuelano em busca de mais informações sobre a situação dos caminhoneiros. Eles querem que os guardas venezuelanos liberem os motoristas e guardem os caminhões na alfândega do país vizinho. Eles disseram que também buscam apoio de autoridades do Brasil para resolver o impasse.
Segundo os representantes dos caminhoneiros, há cem motoristas retidos em toda a Venezuela.