A tendência da CBF é não paralisar o Brasileirão por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, apesar do pedido feito pelo ministro André Fufuca na semana passada.
Claro que, formalmente, a entidade enviou aos clubes um ofício para que eles opinem. E se, por exemplo, uma maioria absoluta de clubes votar pela paralisação, o campeonato será suspenso.
Mas a CBF não só não conta com essa possibilidade, como nos bastidores tem posição contrária.
Seus dirigentes argumentam em conversas privadas que outros eventos não foram suspensos por causa da tragédia gaúcha. Diz um deles:
— É curioso que o ministro tenha votado apenas o futebol. Não pediu o adiamento de torneios de outros esportes como vôlei ou basquete. Assim como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, não pediu a suspensão de peças de teatro ou shows de música. Por que só o futebol?? Não faz sentido.
A CBF marcou para 27 de maio uma reunião do conselho técnico da entidade para discutir o assunto. Mas há a expectativa de que nesta semana esse assunto seja resolvido — sem paralisação.