Júlia Zanatta, a deputada bolsonarista que saiu em defesa da manutenção dos clubes de tiros, apresentou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara em que pede a Arthur Lira que “tome providências nas esferas judicial e extrajudicial a fim de trancar o inquérito que investiga o discurso pró-armas” de 9 de julho na Esplanada dos Ministérios.
Em seu requerimento, a deputada de Santa Catarina manda um recado a Flávio Dino, que afirmou em sua conta do Twitter, no dia seguinte ao ato armamentista de 9 de julho, ter determinado à PF à análise dos discursos proferidos com o objetivo de “identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”.
No requerimento a Arthur Lira, Zanatta argumenta que os congressistas “são dotados da imunidade parlamentar”, o acusa o ato de “mordaça” e diz que “apenas em ditaduras ou regimes de exceção, um parlamentar sofre cerceamento na sua liberdade de expressão”.
“Seria desnecessário mencionar, não fosse o hodierno e esdrúxulo contexto de “mordaças” a ameaçar o livre exercício de mandatos parlamentares, que o congressista, na condição de mandatário popular, necessita de ampla liberdade de expressão para defender os direitos e interesses dos cidadãos que representa”.