O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) disse nesta quinta-feira, 7, em entrevista à TV Câmara que o presidente Jair Bolsonaro “está para morrer“, e que pessoas próximas o obrigaram a reassumir o cargo por supostas desconfianças em relação ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Aliados do governo repudiaram o comentário do deputado e prometeram acionar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Durante a entrevista, a repórter perguntou ao parlamentar se ele avaliava que poderia ser bem-sucedida a estratégia do governo de apresentar a reforma da Previdência e o pacote anticrime ao mesmo tempo na Câmara.
“Olha, eu acho que o governo deve definir a sua estratégia, mas não se entende. Nem vice… O presidente está para morrer, mas a sua assessoria mais direta praticamente o obrigou, o constrangeu a reassumir o cargo, porque ele não tem confiança no vice, que é um general de carreira”, respondeu Rodrigues.
O psolista disse ainda que seu partido buscará “inviabilizar na medida do possível” as medidas que considerarem “contrárias ao interesse nacional e ao interesse público”. Mais cedo, o Estado mostrou há uma resistência especialmente dos filhos de Bolsonaro para que ele, ainda internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, permita que Mourão assuma temporariamente o governo. No Palácio, os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, se posicionam também contrários a uma interinidade do vice.
Em sua conta no Faceboook, o deputado estadual Delegado Francischini (PSL-PR) disse que a executiva nacional do PSL vai acionar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Rodrigues. “Deputado do PSOL diz em entrevista que Bolsonaro está para morrer! Intenções criminosas deste partido. Com certeza, a executiva nacional do PSL vai encaminhar este caso, através de nossos Deputados, para o Conselho de Ética!”, escreveu.
Procurado para comentar o episódio, o deputado Edmilson Rodrigues não atendeu as ligações da reportagem.