Os ex-presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e a ex-candidata a vice-presidente Sonia Guajajara (PSOL) se reuniram nesta terça-feira, 26, em Brasília, e aprovaram um texto no qual se contrapoem a pontos da agenda do governo, defendem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a unidade da esquerda contra “retrocessos” promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro.
O documento destaca o “rápido e profundo desgaste do governo” e é o primeiro sinal de unidade entre forças da esquerda desde o início do governo. O PDT, do ex-presidenciável Ciro Gomes, não participou do encontro. No texto, os líderes da esquerda manifestam oposição ao projeto de reforma da Previdência apresentado elo governo que, segundo eles, representa cortes nos direitos dos mais pobres.
O documento considera “absurdo” o pedido de Bolsonaro para que o golpe miliar de 1964 seja comemorado e pede respeito aos marcos da democracia e do Estado Democrático de Direito. Em uma “defesa da soberania” nacional, os líderes reunidos hoje em Brasília dizem que por trás do discurso nacionalista de Bolsonaro, o presidente tem “atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos”.
Por fim o texto defende que Lula seja tratado de forma isonômica pela Justiça e defende a unidade da esquerda.
“A reunião de hoje é um gesto para a unidade contra os retrocessos e pela democracia”, escreveu Boulos no Twitter após a reunião. Haddad também comentou. Disse que a reunião discutiu “a unidade do campo progressista, contra o projeto antinacional, antipopular é antidemocrático do atual desgoverno.”