“Entre tambores e encantos: o Boi de Zabumba e sua bicharada encantada” é a exposição que o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, em parceria com a Biblioteca Pública Benedito Leite, nas dependências da Biblioteca, que fica na praça Deodoro. A mostra fica aberta ao público nas dependências da Biblioteca, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h, até o dia 30 de julho de 2025.
De acordo com a organização, essa mostra, inspirada no livro “Comédias do Bumba Meu Boi do Maranhão”, abre caminho para os sons, as formas e as cores de um dos mais simbólicos sotaques do Bumba Meu Boi do Maranhão: o sotaque de zabumba. Vindo sobretudo da Baixada Maranhense — de cidades como Guimarães, Cururupu e Viana — o Boi de Zabumba se impõe com sua cadência grave, marcada pela força da zabumba e pelo ritmo do tambor-onça, compondo uma sonoridade única, ancestral e arrebatadora.
Mas não é apenas pelo som que esse sotaque se distingue. O Boi de Zabumba é também espetáculo visual, teatral e afetivo. Uma de suas marcas mais encantadoras é a bicharada: um verdadeiro cortejo de personagens fantásticos que habitam o imaginário popular. Jacaré, onça, burro, galo, bode… cada bicho entra em cena com trejeitos próprios, com fantasias exuberantes e performances que arrancam risos, surpresa e admiração do público.
A bicharada do Boi de Zabumba não é apenas um ornamento: ela é alma da festa. Representa o elo entre o humano e o mítico, entre a natureza e o sagrado. Seus movimentos cômicos, sua interação com o público revelam uma sabedoria popular profunda, que mistura brincadeira, crítica social e celebração da vida.
Nessa mostra, o visitante é convidado a experimentar o universo mágico e potente do Boi de Zabumba. Por meio de figurinos, instrumentos e objetos cênicos, são celebrados os mestres da cultura, os brincantes e cada animal fantástico que desfila com orgulho pelas ruas do Maranhão.
“Que cada passo por esta exposição seja como entrar em uma apresentação, ouvir o som da zabumba, ver os bichos dançando e sentir que o Boi ainda vive — e pulsa forte — dentro de nós”, convida o Centro de Cultura Popular.