A escritora e crítica cultural Heloísa Buarque de Hollanda foi eleita para a cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL). O resultado da votação foi divulgado na tarde desta quinta-feira, 20, no site oficial da instituição.
A paulista de 83 anos de idade é a 10ª mulher eleita na ABL e ocupará a cadeira de número 30, anteriormente pertencente à escritora Nélida Piñon, que faleceu em dezembro de 2022.
“Esse atual projeto de abertura da Academia me fascina, e isso não é nem o começo. Tem que ter mulher, negro, índio. Porque são excelentes também. Isso é o Brasil, a democracia. Eu estou muito feliz de chegar nesse momento na Academia, com esse projeto de renovação, aos 84 anos”, declarou a nova integrante da Academia.
Considerada a maior intelectual do país e uma das principais vozes do feminismo brasileiro, Heloísa Buarque de Hollanda possui formação em Letras Clássicas pela PUC-Rio, tem mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ, além de pós-doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade de Columbia, de Nova York.
Heloísa é autora de “Explosão feminista: Arte, cultura, política e universidade”, “Interseccionalidades: pioneiras do feminismo negro brasileiro”, “Asbrúbal Trouxe o Trombone: Memórias de uma Trupe Solitária de Comediantes que Abalou os Anos 70” e outros livros.
A escritora foi eleita com 34 de 37 votos, e irá ocupar cadeira fundada pelo contista Pedro Rabelo, que tem como patrono o jornalista e romancista Pardal Mallet, além de Heráclito Graça, Antônio Austregésilo e Aurélio Buarque como titulares anteriores.