De tempos para cá, já nos acostumamos com os influenciadores digitais fazendo parte do nosso dia a dia. Eles estão sempre dispostos, compartilhando stories de suas rotinas e, na grande maioria, são da mesma idade que nós. Mas tem se tornado cada vez mais comum ver publicações de pessoas acima de sessenta anos dando as caras nas redes sociais. Esses são os influenciadores da terceira idade.
Só no Brasil, a população idosa atual é de 7,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Acredita-se que esse número aumente para 25,5% em 2060, se tornando um quarto da população. Dessa forma, é preciso aprender a conversar com esse público. Como a tendência é o aumento desse público, as marcas estão correndo atrás dos influenciadores acima dos 60 anos.
Quem são os influenciadores da terceira idade?
Diferentemente do que pensamos, eles não são pessoas as celebridades que atingiram os sessenta anos e resolveram compartilhar seus conhecimentos nas redes sociais. E, sim, começaram a ocupar o seu tempo livre e mostrando seu dia a dia, inspirando, assim, pessoas por todo o mundo a aproveitar mais a vida. Eles estão combatendo o estereótipo de que pessoas mais velhas não conseguem lidar bem com a era digital.
Os influenciadores da terceira idade, que podem ser chamados de maduros, falam sobre diversos assuntos. Seja moda, decoração, alimentação ou vida fitness, eles conseguem dialogar com qualquer público. Uma influenciadora madura que ficou mundialmente famosa foi a Lena. Uma senhora de 91 anos, de origem russa, que saiu viajando pelo mundo sozinha. Com a ajuda de seus netos, ela criou o Instagram @babushka_1927 para compartilhar as fotos de sua viagem.
O mercado de influenciadores maduros
No Brasil, o mercado está caminhando para um crescimento. Segundo pesquisa na base doInfluency.me, atualmente existem mais de 100 influenciadores maduros ativos no país. Com o crescimento crescente dessa parte da população, porém, a tendência é que existam cada vez mais influenciadores digitais dessa faixa etária.
As marcas também têm ficado atentas a esses influenciadores. Como esse público é cada vez maior, surgiu uma necessidade de saber como se comunicar com eles. Segundo umestudo realizado por Marie Stafford, do The Innovation Group, as mulheres britânicas acima de 50 anos consomem 62% mais do que os millennials. Porém, apenas 6% das marcas voltam as suas campanhas para esse público.
Os maiores influenciadores maduros
Apesar de o mercado de influenciadores da terceira idade ainda não ser vasto igual ao de influenciadores millennials, existem grandes contas espalhadas pelo mundo. O canal brasileiro “As Avós da Razão” conta com três participantes: A Gilda, de 77 anos; a Sonia, de 81 anos, e Helena, de 91 anos. Elas são amigas e em seus vídeos elas respondem perguntas recebidas pelo WhatsApp e dão conselhos e opiniões sobre os mais diversificados assuntos.
Sueli Rodrigues, do @blogdasu70, é uma influenciadora totalmente voltada para o mundo da moda. Segundo a descrição em sua própria biografia no Instagram, ela mostra que estilo não tem idade.
Conclusão
A inclusão digital chegou às pessoas da terceira idade. E não parou por aí. Parte dessa população madura — e conectada — resolveu ir além de somente consumir conteúdos. Há pessoas experientes que estão se destacando como verdadeiras influenciadoras digitais, o que contribuí para a audiência interessada nesse tipo de material e, claro, para marcas, que podem traçar ações estratégicas com esses creators.
