Peças inovadoras e sustentáveis, feitas com látex de produção local, compõem a coleção “Nortear”, criada pela Da Tribu, marca paraense de slow fashion. As peças lançadas podem ser vistas nas redes sociais da marca.
“A coleção chega com a inovação do TEA – Tecido Emborrachado da Amazônia, feito em parceria com a comunidade seringueira de Pedra Branca, em Cotijuba. Agregamos, também, lonas de caminhão usadas, que têm em média 10 anos de uso, mais ou menos um milhão de quilômetros rodados. Tem muitas histórias de pertencimento e labor nesses dois tecidos”, diz Katia Fagundes, artesã e sócia criativa da Da Tribu, sobre os principais insumos desta coleção, focada em questões cada vez mais caras à moda internacional, como reaproveitamento e criação de redes locais de parceiros.
Com tiragem limitada, a coleção terá uma bolsa que também se transforma em mochila, e cachepôs – produtos diferenciados que somam-se ao portfólio das joias orgânicas da marca.
“Essa coleção, em especial, foi bem desafiadora por todo o contexto pandêmico, e fazer isso na Amazônia, onde tudo tem muitas limitações, é mais ainda, mas as adversidades ficam pequenas diante de tanta gente que acredita nesse projeto de um futuro mais justo e sustentável para todos”, acrescenta Tainah Fagundes, filha de Kátia e diretora criativa da marca.
Em 2021, a Da Tribu promete expandir ainda para novos produtos, como porta-células, porta-cartão, luminárias e novas bolsas.
“Sobre a inspiração, seguimos ao Norte, a essa Amazônia de dentro, de mulheres invisíveis e aguerridas, como as mulheres dos seringueiros que produzem o TEA, e a mulheres do Costuraê, grupo de costureiras do Guamá e Terra Firme [que trabalham na confecção das peças]. Nossa equipe de criação, produção e comunicação é constituída, em 99%, de mulheres amazonidas. Nortear é o nome da coleção, apesar de respirá-lo sempre no gerúndio, norteando, aprendendo, multiplicando”, conta Kátia, que tem na Da Tribu o seu propósito de vida.
O trabalho foi uma alternativa criativa para manter seus três filhos sozinha, quando o mercado de trabalho formal não lhe dava espaço. Ela teve que aprender a customizar a vida, as roupas , os móveis, e se descobriu como empreendedora.
COLETIVO
Antes do TEA, a Da Tribu já vinha desenvolvendo peças com fios emborrachados produzidos pela mesma comunidade de Cotijuba. Agora, a expectativa é que, com novo maquinário e técnica, a produção aumente e traga mais retorno financeiro.
“A Da Tribu fez 10 anos agora em agosto e só foi possível com a aposta dos meus três filhos, que colaboram com seus talentos e afeto. Depois, vieram os parentes e amigos que fizeram as primeiras compras, além de alguns empréstimos em dinheiro para que a Da Tribu continuasse existindo. E hoje somos uma marca reconhecida em todo Brasil, penso que graças à nossa resiliência, e sobretudo, aos inúmeros erros dentre os acertos. Não dá para empreender sem errar!”, pontua Kátia.
O sonho e desafio de Kátia é trazer ainda mais mulheres para o seu fazer criativo e continuar acreditando na Amazônia. A filha concorda: “Da Tribu é sonho coletivo, maior que eu e minha mãe, faz bem para o outro e para o planeta .E isso me fortalece”, finaliza Tainah.
O lançamento acontece hoje, onde a marca abre para pré vendas com descontos e brindes especiais.
CONFIRA
Onde: Via Instagram @datribu e Facebook/datribuacessorios