O mês de setembro, mais precisamente 27, marca o dia mundial do turismo, data estabelecida em 1980, pela Organização Mundial do Turismo (OMT). O setor do turismo foi um dos mais afetados economicamente pela pandemia da Covid-19. A adoção de medidas restritivas, a alta nos casos de coronavírus e o receio de reinfecção, atrapalharam o setor. Muitos Municípios sentiram as baixas demandas e também as consequências. Tiveram que se reinventar e procurar alternativas para atrair novamente o público.
Para comemorar a data do dia mundial do turismo e valorizar o setor que tanto emprega e gera riquezas para os Entes, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) apresenta uma série de matérias divulgadas através do portal de notícias e redes sociais da entidade, dando ênfase a boas práticas desenvolvidas por Municípios do país inteiro.
Serão quatro casos de sucesso com temas diversos , dentre os quais o turismo como alternativa para o desenvolvimento municipal, o turismo rural, estratégias para retomada com a pandemia e governança para o turismo. Dentro desses temas, quatro Municípios irão apresentar suas experiências no investimento em turismo. Os participantes destacam importantes regiões do país como Monte Alegre do Sul, em São Paulo, na região sudeste; Pirenópolis, no centro-oeste; a rota dos vinhos com Lagoa Grande, Pernambuco, do nordeste e Parauapebas, na região norte, que abre a série.
Da mineração ao turismo como alternativa para o desenvolvimento municipal
O Município de Parauapebas, no Estado do Pará, é conhecido por estar assentado na maior província mineral do planeta, a Serra dos Carajás. O recurso natural tem sido o motivo de exploração dos recursos e gerado grande riqueza para a municipalidade paraense. Em 2015, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) chegou a R$ 11,2 bilhões, ficando apenas atrás do PIB da capital, Belém. Quatro anos antes, o PIB chegou a ser o maior de todo o estado do Pará.
Nos últimos anos, conscientes da mineração ser um bem finito, Parauapebas vem investindo em outros setores para garantir uma economia municipal sustentável e o turismo tem se mostrado uma ótima ferramenta para que isso aconteça. “Temos em nossa região cerca 1,2 milhões de hectares de floresta preservada, o maior parque de cavernas e rochas ferríferas do Brasil, cachoeiras, lagoas, trilhas, somos referência na observação de pássaros. São inúmeras belezas naturais, culturais e gastronômicas, que valem a pena conhecer de perto”, destaca o prefeito Darci José Lermen.
O Município vem trabalhando na construção de três parques temáticos. Um deles será dentro da floresta de Carajás, onde será construída a maior tirolesa da América Latina, o segundo parque no centro da cidade, em frente à prefeitura, que irá contar com um teleférico e o terceiro espaço chamado de “Parque Jeca Tatu”, local que irá valorizar a cultura amazônica e a nordestina, inspirado na maior festa junina de Parauapebas, que atrai mais de 40 mil pessoas por noite.
“Nós consideramos a atuação do governo em quatro eixos de desenvolvimento. São eles: a estruturação do turismo, a qualificação, a promoção e os serviços turísticos. Com base nisso, estruturamos cinco rotas turísticas no Município. A rota das águas, rota carajás, rota indígena e rota do búfalo. Temos nisso, um turismo de experiência com o que há de mais imersivo para os nossos turistas”, fala o prefeito.
Parauapebas conta com transporte aéreo, tendo o Aeroporto de Carajás como porta de entrada para o Município. O local é administrado pela Infraero, conta com a operação de duas empresas de aviação e tem capacidade para atender até 300 mil passageiros por ano.
A CNM lembra que em outubro realizará, no período de 28 a 30 de outubro de 2021, o 3º Encontro Nacional de Governança para o Turismo e a Feira de Negócios Turísticos – Destinos do Brasil, Edição Parauapebas/PA e Região de Carajás.