O Brasil não vê Paul McCartney há quase um ano e meio, desde a apresentação de 20 de outubro de 2017 na Arena Fonte Nova, em Salvador. Mas a espera termina nesta terça-feira(26), com a chegada da turnê “Freshen up” à Allianz Parque, em São Paulo, onde ele repete a dose quarta (27) para depois seguir para Curitiba, onde se apresenta no estádio Couto Pereira, no sábado. Desta vez, é só. Depois de duas rápidas passagens pelo Brasil anos 1990, Macca é frequente por aqui desde 2010: foram 22 shows em seis passagens pelo Brasil, das óbvias São Paulo (cinco apresentações) e Rio (três) às “alternativas” Florianópolis (uma, em 2012), Goiânia (uma, em 2013), e Salvador (aquela em 2017, quando gravou o clipe de “Back in Brazil”, música lançada em seu último disco, “Egypt Station”, de 2018).
Aos 76 anos, oex-beatlechegac oma banda cheia de rostos conhecidos, como os guitarristas Rusty Anderson eBr ian Ray e o baterista-figuraça Abe Laboriel Jr. O show deve ter a tradicional mistura de Beatles, Wings e músicas de carreira solo de Paul( veja repertório ao lado). No sábado, em Buenos Aires, ele começou a apresentação de quase três horas com “A hard day’s night”.
—Vamos tocar algumas músicas velhas, algumas novas e algumas no meio do caminho. Esta é uma velha — disse ele, em uma mistura de castelhano e inglês, antes de tocar “All my loving” (que, em Santiago, três dias antes, foi “Can’t buy me love”).
Sempre polivalente, ele passou do piano ao bandolim, ao ukulele, à guitarra e ao baixo para tocar mais de 30 canções, equilibrando clássicos, como “Love me do”, “Blackbird”, “Lady Madonna”, “Eleanor RigPor” e “Let it Be”, e músicas do seu último disco “Egypt Station” (2018) — “Back in Brazil”, tocada em Santiago, deve entrar nos shows daqui.
Fã viaja 400 quilômetros
De camisa branca, calças jeans e jaqueta preta, Paul se divertiu sem dar sinal de cansaço, conversando com o público de contemporâneos, mas também de adolescentes, pais e filhos.
— Sou apaixonada por Paul McCartney desde que tinha 14 anos, dava um beijo nele antes de dormir, em um pôster que ainda tenho guardado. —disse Claudia, 62 anos, à agência Reuters, em sua cadeira de rodas, depois de ter viajado 460 quilômetros para ver o cantor. — Tenho muitas lembranças, e poder viver isso com minha filha me dá uma felicidade enorme.