O prefeito de Cerro Grande do Sul, Gilmar João Alba (PSL), conhecido como “Gringo Loco”, foi pego pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas com várias caixas de papelão cheias de dinheiro dentro de sua bagagem de mão, na última quinta-feira (26). Ele informou que estaria levando R$ 1,4 milhão, mas a PF conferiu a disse ter somente R$ 505 mil. O que não foi informado foi a origem do dinheiro.
Carregar dinheiro em espécie pelo país não é crime, mas não informar a origem do papel moeda pode configurar lavagem de dinheiro. Bolsonarista fanático, o Gringo Loco estava em voo fretado com destino a Brasília, onde na próxima terça-feira (7) acontecerá uma manifestação com pautas golpistas que pedirá, entre outras coisas, o fechamento do Supremo Tribunal Federal.
Ele foi eleito com pouco mais de dois mil votos para administrar a cidade, que tem cerca de 12 mil habitantes e fica a 117 quilômetros da capital gaúcha. Segundo nota da Polícia Federal, “o dinheiro foi aprendido em caixas de papelão localizado através de raios – x durante a inspeção da carga”.
Em virtude da dúvida sobre a origem lícita do numerário, o montante foi apreendido. Uma investigação foi aberta para apurar possíveis irregularidades.
Gringo Loco é proprietário de uma empresa de Tabaco em Cerro Grande do Sul e sempre apoiou movimentos grevistas de caminhoneiros.
No site da empresa existe um comentário postado há um ano por Miguel Santos, que diz: “Parabéns ao dono dessa empresa que fez uma doação hoje de 5 mil reais dia 5/4/2020 para compra de marmitas para os caminhoneiros que não podem parar, isso deveria ser feito pelo governo federal e estadual, já fui caminhoneiro e hoje estou impossibilitado de exercer a profissão por problemas de saúde que Deus te abençoe grandemente gringo Louco….”
Fonte: BdF Rio Grande do Sul