Nesta quinta-feira (22), o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura se posicionou em defesa da Agência Nacional do Cinema (Ancine). O evento foi realizado durante o Festival de Cinema de Gramado, intermediado pelo Instituto Estadual de Cinema (Iecine) do Rio Grande do Sul.
De acordo com o manifesto, o objetivo é dar independência e fortalecimento institucional para a Ancine, solicitar a recomposição do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual e garantir que os recursos dos editais publicados sejam assegurados aos produtores e aos artistas contemplados.
No mesmo evento, foram nomeados três atores como embaixadores do cinema gaúcho como uma representação simbólica. Thiago Lacerda foi escolhido por sua participação em “O Tempo e o Vento” (2013) como Capitão Rodrigo. Um filme que aborda a Revolução Farroupilha e conta um pouco da história do Rio Grande do Sul.
O ator, que participa do festival como jurado de longas-metragens brasileiros, acredita que tem um papel de responsabilidade não só no Sul do país, mas em outros países também. “Eu acho que existe um plano de aproximação cinematográfica ainda maior no tríplice fronteira: Brasil, Argentina e Uruguai. Uma colaboração de intercambio cinematográfico, que eu acho uma grandíssima ideia, e produzir, contar história e levar a nossa cultura e identidade para cada vez mais pessoas”, defendeu Lacerda.
Já Murilo Rosa foi escolhido pela atuação em “A Cabeça de Gumercindo Saraiva”, que interpreta o Major Ramiro de Oliveira. O longa também é sobre a historiografia do estado gaúcho. Ele afirma que tem um amor e afeto muito grande pelo povo e a história do Rio Grande do Sul. Para ele, a missão como embaixador é “continuar apaixonado pelo que faz, e continuar com os projetos lindos que têm no Sul. Eu estou cheio de projetos aqui, a começar pelo ‘Perseguição e Cerco a Juvêncio Gutierrez”, revelou o ator.
O outro ator que recebeu o título de embaixador foi Fernando Alves Pinto, por sua participação em “Anahy de las Misiones”, também com contexto histórico da região Sul. Ele explica que “o cinema gaúcho é muito mais forte do que a gente vê no restante do país. Tem muito cinema que fica só aqui, então acho que uma das minhas funções é ajudar ele a se espalhar por todos os cantos do Brasil”, reforçou Alves Pinto.
Por fim, o diretor da Iecine Zeca Brito, contou que as histórias do estado contribuem para que os profissionais consigam exercer seus trabalhos. “Estamos todos unidos e precisamos buscar a sensibilidade do povo gaúcho e povo brasileiro para com o cinema feito no Rio Grande do Sul. Fico muito feliz que o Iecine, neste momento histórico tome para si a responsabilidade do cinema brasileiro realizado neste estado”, afirmou.
O Festival de Cinema de Gramado tem realizado diálogos entre profissionais, representantes de governo e sociedade sobre o setor do audiovisual no Brasil. O evento termina no sábado (24), quando será realizada a premiação de curtas e longas-metragens nacionais e estrangeiros.