O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apertou o cerco à máquina bolsonarista de desinformação. O corregedor geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, intimou o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) a se explicar sobre a “utilização político-eleitoral de seus perfis nas redes sociais” e determinou que YouTube desmonetize quatro canais que apoiam o presidente, incluindo o da produtora Brasil Paralelo, por disseminação de conteúdo falso sobre o ex-presidente Lula (PT). Ele ainda cobrou a identificação de 28 perfis que compartilham mentiras anonimamente. “Há indícios de uma atuação concertada para a difusão massificada e veloz de desinformação”, escreveu o ministro. As medidas atendem a uma ação da campanha de Lula.
Em outra frente, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes intimou o Ministério da Defesa a apresentar em 48 horas os documentos sobre uma auditoria nas urnas eletrônicas que teriam sido mostrados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Na decisão, motivada por uma ação da Rede, Moraes diz que a apresentação ao candidato pode caracterizar “desvio de finalidade”. No início da noite, ele se reuniu com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que não entregou documentos, mas prometeu encaminhar os dados no prazo.
No STF, o ministro Luís Roberto Barroso decidiu que os prefeitos podem fornecer transporte público gratuito no 30 de outubro, quando acontece o segundo turno. Ele embasou a decisão citando “a desigualdade social extrema” e o “empobrecimento da população”.
As mulheres e meninas venezuelanas ofendidas em entrevista pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) se negaram ontem a gravar vídeos para a campanha dele dizendo que tudo não havia passado de um mal-entendido, revela a Coluna do Estadão. A um pool de influenciadores, Bolsonaro insinuou que elas eram prostitutas por estarem “arrumadinhas” e disse ter pintado “um clima” com meninas de 14 anos.