No dia 2 de fevereiro acontecem inúmeras festas em homenagem a Yemanjá em todo litoral do Brasil. A Federação de Umbanda e Cultos Afros Brasileiro do Maranhão-FUCABMA não divulgou a programação de festas em São Luís e no interior do estado. Muitas destas festas, são organizadas por pescadores, que cultuam Yemanjá com lindas procissões de barcos, e associam o seu poder a boa pesca e ao mar tranquilo.
Yemanjá, em yorùbá Yemọja que significa: mãe dos filhos peixes, é originária de Ibará, região metropolitana da cidade de Abẹ́òkúta na Nigéria. Lá, Yemanjá é cultuada na nascente que dá origem ao rio Ògùn (nada a ver com o Orixá da Guerra), por isso que sua saudação é Odò Ìyá! (Mãe do Rio!).
Yemandá é a mais famosa dos orixás femininos cultuado nas Américas. Se na Àfrica surgiu a princípio como uma deusa da água doce, dona de um rio, acabou sendo identificada no Brasil e em Cuba com a água salgada. Os antigos africanos que vieram para o Brasil associaram Yemanjá ao mar.Na África, a Divindade do mar é Olókun (mãe de Yemanjá)
Por isso, em toda passagem do ano, por diversas praias do litoral, podem-se encontrar milhares de pessoas (muitas das quais não cultural o candomblé) atirando flores e perfumes n´água, pedindo-lhe proteção no novo ano.
Seu jeito maternal, seu corpo grande, com seios destacados, e seu temperamento doce ajudam a estabelecer a imagem a ela associada, das mães enérgicas, firmes mas bondosas, totalmente voltada para os filhos, capazes de gestos muito generosos e também de grandes sacrificios.
Suas cores são o azul claro, o branco e o rosa-claro e o0 seu dia é o sábado, assim como outros orixás das águas.
Yemanjá é alvo de intolerância
Em vários pontos do país a estátua de Yemanjá tem sido alvo de vandalismo. Há oito anos a estátua de Yemanjá em Cabo branco, na `Paraíba, foi vandalizada. Até hoje não a peça não foi recuperada.
Um monumento da Yemanjá na praia do Olho d’Água, em São Luís, foi alvo de vandalismo em 23 de junho do ano passado.. Segundo lideranças religiosas de matrizes africanas, a depredação pode ter sido motivada por intolerância religiosa.
a estátua de Iemanjá, que será negra e não branca – a religião é de origem africana – custou cerca de R$ 45 mil, oriundos de uma emenda impositiva do vereador José Nilton Lima de Oliveira (PSB), o Doidão, que morreu em um trágico acidente na tarde de quarta-feira de cinzas do ano passado. Ela está pronta, aguardando ser trazida de São Vicente.