O Cidade do Carnaval montada pela prefeitura de São Luís gerou o caos na mobilidade urbana com início no meio da tarde de sábado, 20, dia de abertura da programação official patrocinada pelo prefeito Eduardo Braide. Sem nenhum planejamento da ocupação do solo urbano, a prefeitura montou sua estrutura no espaço contíguo ao terminal da Praia Grande, maior da cidade por onde desembacam quase todas as linhasdo transporte urbano da capital.
Na véspera da abertura do carnaval da prefeitura, o prefeito avsiou por meio de suas redes sociais, como tem feito ao longo dos três anos de mandato, que o terminal seria desativado na tarde de sábado, 21. Porém, nada explicou sobre o itinerário dos ônibus que deixariam de circular pela avenida Beira-mar, considerando que a interdição em outros trechos deveu-se à programação do estado.
Na disputa por território entre o governo do estado e a prefeitura de São Luís sobrou para o cidadão usuário do transporte público. Moradores da região Itaqui Bacanga ficaram sem opção, sendo que o transporte alternativo, os ‘carrinhos’, responde pela maior fatia da mobilidade entre os bairros da área e o centro histórico de São Luís.
O prefeito Braide se esbaldou na cena popularesca, embriagado pelo calor da massa presente. Sem contato com a realidade, o prefeito agradeceu ao sistema de transporte público (seria ao SET?). Aos um pouco mais atentos, mostrou que faz uma gestão para impressionar incautos e sedimentar a política cultural equivocada, lastreada nos contratos do sócio da 4 Mãos (esconder os valores do cachês faz já parte da diretriz da Secult). Para dourar a pílula, deu migalhas ao Bicho Terra.