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Nova República, 40 – Parte dos militares considerava Sarney um traidor, diz historiador

Com a hospitalização de Tancredo Neves, maranhense assumiu a Presidência em 15 de março de 1985, data que se tornou dos marcos da redemocratização

jornalslz Por jornalslz
14/03/2025
Nova República, 40 – Parte dos militares considerava Sarney um traidor, diz historiador

Em Brasília, José Sarney assume o cargo de presidente do Brasil - Ubirajara Dettmar - 15.mar.85/Folhapress

Quando o maranhense José Sarney tomou posse na Presidência da República em 15 de março de 1985, ele assumiu não apenas a posição no Executivo, mas também a esperança que grande parte da sociedade brasileira depositava no primeiro presidente civil de um país que saía, naquele momento, de 21 anos de ditadura militar.

Esperança que, na verdade, havia sido depositada em Tancredo Neves, titular da chapa escolhida para comandar a transição do país.

Quando o maranhense José Sarney tomou posse na Presidência da República em 15 de março de 1985, ele assumiu não apenas a posição no Executivo, mas também a esperança que grande parte da sociedade brasileira depositava no primeiro presidente civil de um país que saía, naquele momento, de 21 anos de ditadura militar.

Esperança que, na verdade, havia sido depositada em Tancredo Neves, titular da chapa escolhida para comandar a transição do país.

Quando o maranhense José Sarney tomou posse na Presidência da República em 15 de março de 1985, ele assumiu não apenas a posição no Executivo, mas também a esperança que grande parte da sociedade brasileira depositava no primeiro presidente civil de um país que saía, naquele momento, de 21 anos de ditadura militar.

Esperança que, na verdade, havia sido depositada em Tancredo Neves, titular da chapa escolhida para comandar a transição do país.

Segundo o historiador, autor do livro “1964: História do Regime Militar Brasileiro”, depois de empossado Sarney precisou construir um governo próprio, mas respeitando os acordos políticos que tinham sido costurados por Tancredo.

Sarney toma posse primeiro omo vie presidente, depois omo presidente

Além da preocupação de alas das Forças Armadas com uma revanche dos civis no poder, a morte de Tancredo suscitou receio entre aqueles que estavam no outro espectro da transição. Lideranças civis temiam que a reabertura democrática retroagisse. “Sarney não era nenhum estranho para os militares”, afirma Leandro Consentino, cientista político do Insper.

“Tancredo sempre esteve na luta contra a ditadura. Sarney é alguém que, de última hora, se juntou ao grupo que depois foi chamado de Frente Liberal. Depois constituiu o Partido da Frente Liberal, o PFL”.

Segundo Consentino, os militares preservam uma noção de hierarquia forte, que não combina com as mudanças abruptas da política.

Ao assumir o cargo em 15 de março, há 40 anos, dois desafios centrais existiam, avalia o cientista político. Um deles era reconstitucionalizar o país em moldes democráticos, “removendo o entulho autoritário”. O outro estava na área econômica, a escalada inflacionária.

Sarney e Collor çonversam antes da eleição de Renan alheiros para presidir o Senado

“Ele herdou uma inflação que vinha desde antes da ditadura, agravou-se durante o regime e desaguou nos anos 1980. O problema chegou ao governo Collor e só foi resolvido com o Plano Real”, lembra Consentino.

Depois da morte de Tancredo, Sarney manteve a mesma equipe. Ele sabia que uma mudança brusca cairia mal perante a opinião pública.

“Tancredo era de um grupo do PMDB mais próximo do Ulysses e dos membros que depois sairiam para formar o PSDB. Sarney entrou no partido de última hora. O berço dele, de fato, seria o PFL. Era muito mais afinado com um grupo que hoje a gente chama de centrão”, diz o cientista político.

Por outro lado, as habilidades de Sarney foram essenciais naquele momento em que a transição, embora encaminhada, não era certa. A avaliação é de Valdemar Ferreira de Araújo Filho, professor de ciência política da Universidade Federal da Bahia.

“As pessoas não costumam prestar atenção no comportamento, na personalidade e no estilo presidencial, mas isso é importante. O Sarney era um político de trajetória longa, muito hábil, conciliador”, diz. “Acho que Sarney tinha a personalidade [mais adequada] para fazer a transição política.”

Araújo Filho lembra que Sarney já era um político influente naquele momento, tendo sido presidente do PDS e da Arena, além de ter passado por vários cargos no Executivo e no Legislativo. “Ele fazia a interlocução dos militares com uma parte da classe política, principalmente as oligarquias nordestinas.”

Após a morte de Tancredo, Sarney procurou os militares e conseguiu negociar para que a transição continuasse no modelo já acordado. Não houve grandes atritos entre ele e as Forças Armadas. Ao contrário, o novo presidente limitou muito as possibilidades de investigação de crimes praticados durante o regime.

“Os militares pensaram em não dar posse ao Sarney porque ele tinha brigado com o Figueiredo e tinha ficado contra o Paulo Maluf, candidato civil preferido dos militares. Sarney amenizou a situação ao procurar os militares para dizer que faria uma transição com eles e não contra eles”, diz Araújo Filho.

Sarney herdou do regime uma inflação na casa dos três dígitos (220% em 1984) e alto desemprego. Em 1986, tentou fortalecer a economia com o Plano Cruzado, bem-sucedido inicialmente, mas ineficaz mais adiante.

Por outro lado, garantiu a convocação da Assembleia Constituinte, que formulou a Constituição de 1988, em vigor até hoje no Brasil. Com a nova Carta, Sarney consolidou a mudança de regime político no país.

Veja momentos importantes da transição democrática

  • junho de 1984

    Insatisfeito com decisões de João Figueiredo, o último presidente da ditadura militar, José Sarney deixa o PDS, partido de apoio ao regime. Ao lado de outros dissidentes do PDS, como Aureliano Chaves e Marco Maciel, Sarney forma a Frente Liberal, que decide apoiar a candidatura de Tancredo

  • agosto de 1984

    Convenção do PMDB escolhe Tancredo Neves candidato à Presidência e Sarney, representante da Frente Liberal, como vice. Tancredo renuncia ao governo de Minas Gerais para concorrer ao cargo

  • 15 de janeiro de 1985

    No Colégio Eleitoral, a chapa Tancredo e Sarney recebe 480 votos, vencendo Paulo Maluf e Flávio Marcílio, ambos do PDS, que obtiveram 180 votos

  • 14 de março de 1985

    Na véspera da posse, Tancredo sente fortes dores abdominais e é submetido a uma cirurgia de emergência. Formam-se duas correntes: uma quer que Ulysses Guimarães, então presidente da Câmara dos Deputados, assuma; outra defende a saída prevista pela Constituição, a posse de Sarney, o vice-presidente

  • 15 de março de 1985

    Sarney toma posse interinamente. O general Figueiredo não passa a faixa presidencial para ele

  • 21 de abril de 1985

    Depois de sete cirurgias, Tancredo morre aos 75 anos em São Paulo. Sarney é efetivado no cargo de presidente

  • 1º de fevereiro de 1987

    Sob a liderança de Ulysses Guimarães, Assembléia Nacional Constituinte inicia suas atividades

  • 5 de outubro de 1988

    Constituição, em vigor ainda hoje, é promulgada

  • Da Folha

 

Tags: #forçasarmadas#josesarney#militares
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