A Polícia Federal (PF) indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e mais dez pessoas no inquérito que apura o uso de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, em Minas Gerais. Ele é suspeito de ter praticado o crime eleitoral de omissão na prestação de campanha e o crime de associação criminosa.
Além de Marcelo, foram indiciados também o deputado estadual Irineu Inacio da Silva (PSL-MG), quatro suspeitas de serem candidatas laranjas, empresários, assessores e ex-assessores do ministro do Turismo, presos em junho deste ano.
O indiciamento foi uma consequência do conclusão do inquérito da PF. Agora, cabe ao Ministério Público Eleitoral (MPE) decidir se aceita ou não a denúncia.
Marcelo é citado em depoimentos na investigação sobre o uso de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba eleitoral no estado. Ele era o presidente estadual do PSL em Minas Gerais à época. A suspeita é de que o partido tentou burlar a cota obrigatória que determina 30% dos recursos do fundo eleitoral para candidatas femininas.
Duas ações da PF já foram deflagradas para investigar o caso. Em abril, a primeira fase da operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em cinco cidades de MG, incluindo a sede da legenda em Belo Horizonte . A segunda fase, em junho, cumpriu três mandados de prisão, tendo como alvo principal o assessor especial de Álvaro Antônio, Mateus Von Rondon.
O ministro sempre negou irregularidades nas candidaturas. De acordo com a reportagem do G1, Marcelo ainda não se pronunciou sobre o assunto.