O movimento de mulheres promove nesta sexta-feira, 6, a partir das 16h30 na Praça Maria Aragão um ato político contra o estupro e toda forma de violência e em solidariedade a Mariana Ferrer. A jovem promoter Mariana Ferrer sofreu estupro em 2018, praticado pelo empresário André Camargo Aranha.
O ato é organizado pelo Fórum Maranhense de Mulheres, Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, Geramus/UFMA, NEGESF/UEMA, UBM/MA, Marcha Mundial de Mulheres, Grupo de Mulheres Negras Maria Firmina, Grupo de Mulheres Lélia Gonzalez, NIEPEM/UFMA, Grupo Resistência.
O caso Mariana Ferrer veio à tona agora com a decisão do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, que o argumento do promotor Thiago Carriço de Oliveira segundo o qual não havia como o empresário saber, durante o ato sexual, que a jovem não estava em condições de consentir a relação, cometendo então uma espécie de ‘estupro culposo’. Durante a audiência, a jovem foi torturada psicologicamente pelo juiz e pelo advogado de André, Cláudio Gastão Filho.
“Estamos presenciando no caso que envolve Mariana Ferrer e seu estuprador, que assumiu maior gravidade quando a Justiça se colocou ao lado do estuprador e o advogado do acusado agrediu e torturou Mariana psicologicamente”, ressalta o Forum Maranhense de Mulheres em nota.
Segundo a professora da Universidade Federal do Maranhão, Mary Ferreira, autora do livro “Violência contra a mulher e feminicídio no Maranhão: Uma realidade a ser superada”, e candidata a vereadora pelo PT, o ato vai dar oportunidade de montar uma tribuna feminista. “Será um ato suprapartidário. Convidamos todas as mulheres candidatas para que participem e dê voz de repúdio à essa decisão esdrúxula”, salienta Mary Ferreira.