A defesa de Robinho ainda tem 45 dias para apresentar recurso à terceira e última instância da Justiça italiana, a Corte de Cassação. Na época de sua primeira condenação, em 2017, a Itália afirmou que não pedirá a extradição do jogador até que todas as instâncias sejam esgotadas. Atualmente, o atacante está sem clube.
Além de Robinho, seu amigo Ricardo Falco também foi condenado aos mesmos nove anos sob acusação de participar do estupro coletivo. Os dois e mais três pessoas, que não foram identificadas pela Justiça italiana, abusaram sexualmente de uma jovem albanesa na casa noturna Sio Café, em Milão, no dia 22 de janeiro de 2013, segundo a sentença.
A corte reforçou a impossibilidade de defesa da vítima e alegou, por parte do jogador, tentativa de “enganar as investigações oferecendo aos investigadores uma versão dos fatos falsa e previamente combinada”.
A última vez que a defesa de Robinho se pronunciou foi em dezembro, quando a corte confirmou a sentença em segunda instância. A equipe de advogados do jogador se disse “confiante na inocência” e argumentou que “foram apresentadas novas provas que contribuem ainda mais para a comprovação da inocência de Robinho, entendendo-se que essa inocência já estava claramente evidenciada nos autos desde a primeira instância de julgamento”.
Na época do crime, o atacante estava na terceira de quatro temporadas que fez com a camisa do Milan, e ainda era presença frequente nas convocações da seleção brasileira. Da Itália se transferiu para o Santos em 2014, clube onde é ídolo, passou pelo futebol chinês e voltou para jogar no Atlético-MG. Robinho estava em Belo Horizonte quando, em novembro de 2017, foi condenado pela primeira vez pela Justiça italiana no caso de estupro coletivo. A partir daí, começaram a ser frequentes os protestos de torcedoras atleticanas pela rescisão do contrato com o jogador.