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Belém pode virar capital simbólica do Brasil durante a COP30, como Rio já foi na Eco-92

Projeto quer levar sede do governo a Belém durante a COP30, o que já ocorreu duas vezes: com o Rio de Janeiro e Curitiba

jornalslz Por jornalslz
02/04/2025
Belém pode virar capital simbólica do Brasil durante a COP30, como Rio já foi na Eco-92

Se a sede do governo federal for transferida para Belém durante a realização da COP30, a agenda ambiental ganhará mais destaque. Essa é a aposta da deputada Duda Salabert (PDT-MG) com o Projeto de Lei 358/2025, que prevê a transferência simbólica da capital federal para a cidade paraense entre 11 e 21 de novembro de 2025.

De acordo com a deputada, além da mudança física, o ato carrega forte simbologia ao demonstrar a relevância do evento para a pauta ambiental e seus impactos na sociedade. “É importante por colocar a floresta no epicentro político, mas a [dimensão] simbólica também é importante. Ao haver o deslocamento da capital, os brasileiros vão notar: ‘Opa, mudou a capital! Por quê?’. E aí vai entender, ou buscar entender a dimensão da COP. ‘Ela é tão importante que leva, inclusive, a alterar a capital do país’”, argumenta.

​O projeto tramita em regime de urgência no Congresso, conforme determina o regimento interno, e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser encaminhado ao plenário.​

Rio de Janeiro recebeu a maior conferência ambiental da história no ano de 1992 e virou capital simbólica do Brasil durante o governo Collor

Rio de Janeiro foi capital simbólica na Eco-92
Em junho de 1992, o Brasil sediou a maior conferência ambiental até então: a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Para destacar a importância do evento, o então presidente Fernando Collor de Mello transferiu simbolicamente a sede do governo federal para o Rio de Janeiro durante a conferência, mas não houve a instalação dos Três Poderes no estado, dando um caráter mais protocolar à alteração.

“O poder não se mudou para o Rio de Janeiro, na verdade foi só basicamente a presença do Fernando Collor acompanhando a conferência, e que despachou daqui do Rio de Janeiro”, explica o professor de história da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Mário Brum.

A decisão teve um viés estratégico. Collor enfrentava desgaste político meses antes de sofrer impeachment. Para o professor de ciência política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Ricardo Ismael, o presidente buscava se fortalecer politicamente ao associar sua imagem a um evento de grande projeção internacional. “O presidente já estava bastante desgastado. Então, procurou tirar dividendos políticos por conta desse evento que recebeu chefes de Estados do mundo todo e que era aguardado com grande expectativa pela mídia internacional”, afirma o professor.

O evento ajudou a consolidar projetos ambientais no município, como a valorização da Floresta da Tijuca e do Parque Estadual da Pedra Branca. “A projeção que Belém ganha vai ser maior que a do Rio, comparativamente. O Rio de Janeiro já era uma cidade que tinha uma visibilidade internacional muito forte; era a cidade mais conhecida do Brasil, ainda é, e já tinha sido capital”, pontua Brum.

Em 1969, Curitiba foi capital do governo federal durante três dias

Curitiba, capital honorária do Brasil na ditadura
Entre os dias 24 e 27 de março de 1969, Curitiba foi, simbolicamente, a capital do Brasil. Durante esse período, o então presidente Costa e Silva transferiu a sede do governo federal para a cidade, acompanhado por ministérios e órgãos públicos. A decisão ocorreu poucos meses após a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que marcou o endurecimento da ditadura militar, e teve viés propagandístico.

O professor da pós-graduação em ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Sérgio Braga explica que essa nomeação teve motivações políticas claras. “Curitiba foi escolhida pelo apoio popular que o golpe teve na cidade, além de ter, tradicionalmente, um eleitorado mais conservador”, analisa. Segundo ele, a mudança visava demonstrar um suposto respaldo social ao regime em meio a um cenário de crescente insatisfação, com greves e manifestações estudantis ocorrendo em grandes centros urbanos.

A imprensa local celebrou a nomeação e eventos foram organizados para receber o presidente e sua comitiva. “Foi um apoio fabricado, com manifestações organizadas por autoridades, mas que reforçou a imagem da cidade como um modelo de desenvolvimento alinhado aos interesses do regime”, explica Braga.

Capa da Gazeta do Povo de 1966 destaca instalação do governo militar no Paraná por Costa e Silva

A transferência da capital serviu também para fortalecer aliados locais do governo militar. A primeira-dama da época, Iolanda Costa e Silva, curitibana, pode ter influenciado a escolha, mas, segundo a professora doutora Raquel Panke Bittencourt, da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR, o fator mais relevante foi o apoio do povo paranaense ao regime.

“Curitiba ter se tornado a capital honorária nesse período foi algo mais de vitrine, uma propaganda, já que naquele período quem era o prefeito era Omar Sabbag e o governador, Paulo Pimentel. Ambos apoiavam o regime instituído no Brasil a partir do golpe militar”, afirma Bittencourt. 

Segundo a professora, o episódio proporcionou condições para a ampliação de recursos destinados a programas de expansão econômica no Paraná, beneficiando também o interior do estado com melhorias em serviços de luz e energia, além da viabilização de usinas hidrelétricas.

“Uma cidade, ao receber o título de capital honorária do país, ela se fortalece, em termos de imagem, diante do país. No caso o Brasil, como uma grande vitrine também para o mundo. Então, é um reconhecimento perante os demais, e isso se torna um valor bastante simbólico nesta construção”, complementa Bittencourt.

Agência Pública

Por Guilherme Cavalcanti. Edição: Ed Wanderley

Tags: #belem#congressonacional#cop30#dudasalabert#governofederal
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