Eduardo Braide (PSD), Wellington do Curso (Novo) e Duarte Júnior (PSB) não compareceram ao primeiro debate entre candidatos a prefeito de São Luís na eleição deste ano promovido pela TV Alternativa, afiliada da TV Meio Norte. Em debate sem acirramentos, os cinco candidatos com registro na Justiça Eleitoral endereçam suas críticas com mais veemências aos faltosos, com menor intensidade ao candidato do Novo.
Durante duas horas Franklin Douglas (PSOL/Rede), Saulo Arcangeli (PSTU), Flávia Alves (Solidariedade), Yglésio Moisés (PRTB) e Fábio Câmara (PDT) apresentaram propostas de solução para problemas da administração municipal em setores como saúde, cultural, educação e transporte público. Em menor grau trataram sobre a infraestutura, citada en passant na abordagem sobre o programa Trânsito Livre, implementado pelo prefeito Eduardo Braide.]
Pontuaram no debate as referências ao caso do Clio com um milhão em dinheiro vivo com ligações diretas à família de Eduardo Braide. Franklin Douglas fez referência à tornozeleira usada pelo candidato a prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos, que tem como vice uma sobrinha do governador Carlos Brandão e apoio deste no pleito.
Yglésio Moises atacou a política de gênero, identificada por ele como proposta da esquerda, e enalteceu valores defendidos pela extrema direita alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Para Franklin Douglas, o deputado estadual tem posições políticas semelhantes à biruta de aeroporto, à mercê da onda política que lhe aprouver.
Sobre a pauta identitária, Yglesio utilizou a máxima de que conta com negros, lgbtqita+ em seus quadro de assessores. Apontou o caso Domingos Paz como emblemático de luta em defesa da mulher. O deputado repetiu seu histórico de pai violento, já referido em debates da eleição anterior para prefeito, com intuito de alcançar um efeito emocionou. Usou conhecimentos médico para criticar descaso na saúde. Nessa área as soluções simplistas povoaram o debate.
Franklin Douglas se apegou à bandeira de campanha: o plebiscito sobre o passe livre e fez cálculo sobre seu efeito no universo estudantil, destacando a fração universitária. Acusou Yglésio de retrógrado e apontou críticas a Duarte Jr. e Braide, poupando o ‘fujão’ Wellington do Curso. Experiente em debates, Saulo Ancangeli criticou Moisés e os danos causados pelo capitalismo neoliberal.
Estreando na disputa eleitoral em cargo majoritário, Flávia Alves demonstrou preparo em respostas sem críticas embutidas, fazendo menção a uma eventual vitória nas urnas. Já Fábio Câmara apelou para a herança de Jackson Lago no exercício do mandato pelo PDT e repetiu a fórma puída de apresentação biográfica clássica dos politicos no periodo eleitoral. Enfim, foram duas horas de muitas palavras.
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