Com entrada gratuita, o Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, Jd. Europa, tel.: 2117-4777) exibe “Radiolas”, de Felipe Larozza, última mostra do programa Nova Fotografia 2019, que fica em cartaz até 26 de janeiro no Espaço Nicho. São imagens que lançam um olhar sobre a cena do reggae em São Luís, Maranhão, animada por enormes e potentes paredes de amplificadores.
O que mais lhe chamou atenção nesse trabalho?
Sou fã de reggae, é o estilo de música que mais escuto. Como alguém de outro estado, que nunca havia tido contato com essa cena musical do Maranhão, a primeira vez que vi fiquei impressionado. As caixas de som são muito grandes, o apreço da galera lá pela qualidade da música, por fazer uma busca muito minuciosa de novos hits, estar sempre produzindo música nova, gravando com artistas da Jamaica… Foi quando tomei consciência da dimensão do que era o reggae dentro do Maranhão.
Como rolou o contato com a cena das radiolas?
Estava fazendo um documentário em vídeo 3600 para a revista Vice e comecei a fotografar. Mas tomei contato com a pauta fazendo outro trampo de jornalismo, sobre os impactos sociais da duplicação da linha de trem da Vale do Rio Doce. Foi quando vi os cartazes das festas e conversei com a galera.
Por que São Paulo acabou entrando na história?
Depois, continuei fotografando. E, para minha grande surpresa, desde o ano passado, alguns produtores do Maranhão que moram em São Paulo, em especial o Carlinhos Jah, começaram a organizar festas na cidade, pelo menos uma vez por mês, com alguma grande equipe de lá ou sistemas de som deles que ficam montados aqui. Com essa frequência das festas, fiz uma conexão visual.
Do Metro jornal