“Quem quer discutir meio ambiente vai estar em Belém no próximo ano, para a COP mais extraordinária de todas, porque será na Amazônia. Este é o conceito e a potência que nós temos que acreditar”, destacou o Governador do Pará, Helder Barbalho, no Global Citizen Now, na cidade do Rio de Janeiro, no domingo, 17. O evento, que oficialmente faz parte do G20 Brasil, pela primeira vez acontece em uma cidade na América Latina e visa discutir sobre os principais desafios globais, como a fome, sustentabilidade e as mudanças climáticas.
“A parceria com o Governo Federal tem permitido a conciliação da oportunidade do evento para deixar um legado para a cidade de Belém. E em números gerais, nesse momento, estamos falando de investimentos públicos que chegam próximos a 6 bilhões de reais na infraestrutura urbana da nossa capital. Não existe na história de Belém tamanho investimento em um pequeno espaço de tempo. A cidade certamente terá um legado extraordinário e nós teremos condições de conciliar a atmosfera da Amazônia para bem receber as pessoas”, ponderou o governador.
Além disso, o governador do Estado reforçou que Belém será palco para grandes discussões sobre meio ambiente, com o olhar voltado para os povos que vivem na floresta, os indígenas e quilombolas. A Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou que a expectativa para a COP na capital paraense é grande, principalmente, por conta da participação ativa dos povos indígenas.
“A COP30 tá sendo uma grande expectativa, não só para o Brasil, mas uma expectativa para o mundo. A gente espera que essa COP seja, de fato, uma COP onde as decisões sejam concretizadas do tamanho que está hoje exigindo a crise climática. E a participação indígena, certamente, será a maior de toda a história da COP. Então, ali estaremos nós, trazendo o conhecimento dos povos indígenas, a participação dos povos indígenas para juntos combatermos a crise climática. O meio ambiente, a biodiversidade e, principalmente, os modos de vidas de todas as pessoas”, enfatizou a ministra.
Durante o painel também foi discutida a participação do setor privado. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, frisou que a realização da COP no Brasil e na Amazônia é uma grande oportunidade de serem realizados grandes investimentos no país e de que forma elas podem contribuir para adaptar suas estratégias financeiras em projetos como energia renovável e a agricultura sustentável.
“Estamos completando dez anos do Acordo de Paris e o Brasil tem uma oportunidade única de protagonizar como nós queremos normatizar a nova COP. O financiamento é necessário. É necessário o engajamento das instituições financeiras. Não haverá o financeiro sem a sustentabilidade, sem que a gente tenha, principalmente, no caso do Brasil, uma natureza que consiga continuar produzindo, emprestar, fazer os financiamentos com sustentabilidade necessária, com responsabilidade necessária. Devido a isso, a necessidade de capacitar pequenos, médios e grandes produtores, investir em bioeconomia, trabalhar em cadeias de valor e de forma coletiva”, pontuou.