O subsídio para as empresas do sistema de transporte público concedido pela prefeitura de São Luís de R$ 4 milhões mensais é uma realidade nacional. Desde fevereiro, a prefeitura de São Luís vem transferindo para as empresas o denominado auxílio emergencial de R$ 2,5 milhões e mais R$ 1,5 milhão por meio do programa “cartão-cidadão”.
No primeiro pacote foram transferidos R$ 8,5 milhões. Serão mais de R$ 12 milhões transferidos dos cofres da prefeitura para as contas dos empresários do transporte. O cálculo dos empresários é bastante elevado.
Os trabalhadores do sistema de transporte público de São Luís mantêm a greve iniciada há 21 dias, com paralisação total. Por determinação da Justiça do Trabalho, o Sindicato dos Rodoviários tem garantida a circulação de 60% da frota.
O aumento do valor da tarifa não interrompeu as transferências da prefeitura para o Sindicato das Empresas de Transporte. Segundo a prefeitura a manutenção do auxílio emergencial deve se estender por mais dois meses.
Desde o dia 27 de fevereiro, o preço da passagem que atende quase toda a rota dos transporte passou de R$ 3,20 para R$ 3,40. Na audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de São Luís que investiga o contrato da prefeitura com os consórcios de empresas de transporte que atuam na capital maranhense, a represente do SET declarou que pelos cálculos de custo dos empresários a passagem deveria valor R$ 4, 83.
Jorgelle Maria Rezende Matos Freitas foi à CPI como convidada e deu o recado dos patrões. O valor citado pela representante do SET em relação à passagem de São Luís supera em quase 10% o preço da passagem praticado no sistema de transporte de São Paulo, que atualmente é de R$ 4,40. Na capital paulistana, o prefeito assegura que este ano não terá aumento. Em São Luís, o prefeito Eduardo Braide ignora a greve.